Defensoria Pública quer explicações sobre morte de preso em presídio
A Defensoria Pública Estadual pediu explicações sobre a morte do preso Wanderson Nogueira da Silva, de 22 anos, na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, nesta sexta-feira (9). Ele tinha sido preso suspeito de assalto na última quarta-feira (6) após ser capturado e agredido por populares durante uma tentativa de roubo.
Segundo a diretoria da CPPA, ele foi levado várias vezes para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas retornou à prisão após ser liberado. “Ele chegou bem desfigurado. Todo cortado, olho roxo, orelha deformada de tanta pancada”, disse o chefe da prisão, Magno Reis.
Durante o tempo em que esteve na prisão, Silva ficou em um local separado dos outros presos e sentia muitas dores.
“Os agentes levaram para o hospital no primeiro dia. O médico prescreveu algumas medicações e na quinta-feira ele foi levado mais três vezes à UPA.”
Segundo o defensor público Sandro Ferreira, o preso deveria ter sido transferido para a Unidade Prisional Barra da Grota, em Araguaína. “Porque lá há equipe médica e uma estrutura capaz de prestar um melhor atendimento ao preso e até para dar um encaminhamento devido em caso de hospitalização”, disse.
Ainda conforme o defensor, a UPA também pode ser responsabilizada pela morte. “Se a orientação médica foi de que retornasse para casa ou para a prisão, há muita chance de responsabilização civil pelo caso. Era gritante o estado de saúde dele”, afirmou.
Respostas
Procurada pela TV Anhanguera, a UPA disse que Silva recebeu atendimento imediato, foi medicado e liberado. Além disso informou que vai apurar o caso. Questionada sobre porque o preso não foi transferido, a CPPA disse que não havia determinação da Justiça para a transferência.
(G1)