Deputados e senadores do Tocantins também querem aumentar fundão para bancar campanhas
A Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica, na última quarta-feira (4), o texto da Lei Orçamentária Anual de 2020.
O relatório prevê que o fundo eleitoral aumente de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões. Se aprovado em definitivo, o dinheiro que seria aplicado na saúde, educação e infraestrutura será enviado para os partidos nas eleições do próximo ano.
O Partido Novo apresentou um destaque na tentativa de anular a proposta, mas foi rejeitado.
Do Tocantins, votaram favoráveis ao aumento do fundão na Comissão Mista de Orçamento os deputados federais Carlos Gaguim (DEM) e Vicentinho Júnior (PL).
Antes, porém, com exceção da deputada Dorinha Seabra (DEM), todos os demais parlamentares do Estado foram favoráveis à derrubada do veto presidencial que limitava o fundão, ou seja, 7 deputados federais e os 3 senadores. Com isso, eles contribuíram para a abertura da brecha que permitiu o aumento considerável do valor.
“ME EQUIVOQUEI”
Até o filho do presidente Jair Bolsonaro votou pela derrubada do veto do pai. Contudo, o senador Flávio Bolsonaro disse que se confundiu na hora de preencher a cédula de votação e garantiu que, apesar disso, é contra o aumento do fundão.
“Eu me equivoquei sim nesse voto específico em relação ao fundo eleitoral. Foi uma falha minha, uma desatenção minha, responsabilidade minha não ter votado da forma correta”, disse.
ATÉ O LÍDER DO GOVERNO
Flávio Bolsonaro, porém, não foi o único aliado de Jair Bolsonaro a votar pela derrubada do veto presidencial. Entre os que optaram pelo aumento do valor do fundo eleitoral na semana passada, estão o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).
Na tabela a seguir, estão os nomes dos parlamentares que votaram a favor na Comissão Mista de Orçamento.
Quem votou “não” foi favorável ao aumento do fundo eleitoral. Quem votou “sim” foi contrário.