Detentos do Barra da Grota ameaçam rebelião
Durante a manifestação, cartazes chamavam a atenção das autoridades para as reinvindicações. “Não temos assistência médica, nem remédio, nem podemos receber de casa. Precisamos esperar por um milagre?” dizia um cartaz atribuído a reclamação de um preso. “A polícia chega lá, tira eles e trancam lá num quarto, bate o que pode, pela a cabeça,”denunciou dona Floriza, mãe de um detento.
Outra senhora que mora no Maranhão, mas que tem o filho preso no Barra da Grota, reclamou da situação. “Ele (filho) disse que a comida só é galinha, galinha estragada, quando é de tarde é uma linguiça ruim. Ela ainda acrescentou que o banho ocorre apenas uma vez e o tempo é de um minuto e alertou: “Ele disse se não melhorar a condição que está ali, vão fazer rebelião lá dentro. Eles já se reuniram lá dentro e combinaram.”
O Juiz Álvaro do Nascimento recebeu alguns dos parentes para ouvir as reclamações do familiares do presos. A reportagem procurou a direção do Presídio Barra da Grota e representantes da empresa Umanizare, mas ninguém quis se manifestar sobre as cobranças. A PM informou que as denúncias de maus tratos por parte da polícia são infundadas, pois são responsáveis pela guarda externa.