Diretor da Oxymed afirma que Pró-Saúde deve mais de R$ 75 mil e que deve entrar com ação até quarta para retomar equipamentos
O diretor da Oxymed, Marcos Meneguetti, afirmou ao CT, nesta segunda-feira, 21, que a Pró-Saúde deve mais de R$ 75 mil à empresa, referentes aos meses de março e abril, com relação ao contrato de locação de aparelhos para dez leitos de UTI do Hospital Regional Público de Gurupi (HRPG). “Se a Pró-Saúde pagar, tudo bem. Se não pagarem, vou estar ingressando com a ação [até quarta-feira [23]”, avisou, acrescentando que existe uma cláusula do contrato de locação que prevê a imediata reintegração de posse apenas com a entrada ação, sem a necessidade de uma decisão judicial. “Depois, o juiz vai determinar”, disse.
Marcos também confirmou que na sexta-feira, 18, foram retirados equipamentos do hospital. “Tudo que eu fiz sempre foi preservando os pacientes que lá estavam. O governo tinha alguns equipamentos e esses equipamentos foram instalados no hospital. Se o governo colocou equipamentos deles, e os da Oxymed ficaram sobressalentes, por que eu não recolheria meus equipamentos?”, questionou o diretor.
Conforme o diretor, a Organização Social Pró-Saúde “não tem agido com lisura” quanto à execução do contrato. “Um [Estado] não paga o outro e o outro [Pró-Saúde] não me repassa. Eu não sou obrigado a pôr os aparelhos sem eles pagarem”, disse. O diretor ainda afirmou que o governo teria comprado cerca de 160 equipamentos de UTI e que esses equipamentos estariam parados. “O Estado comprou 160 respiradores e os equipamentos foram entregues. Por que eu vou continuar locando se o Estado tem? Por que você vai ficar pagando para mim se os seus estão aí parados?”, voltou a questionar o diretor.
De acordo com Marcos, todos os procedimentos quanto à falta de pagamento por parte da Pró-Saúde serão feitos de acordo com os temos do contrato. “Se existe alguém que não agiu com lisura foi a Pró-Saúde comigo. Se ela tem problema com o Estado, é problema dela com o Estado. A Oxymed trata é com a Pró-Saúde”, disse o diretor. Marcos ainda explicou: “Quem não se preocupou com os pacientes foi o governo e a Pró-Saúde. Eu me preocupei mais que eles”.
Entenda
Na sexta, o CT noticiou que a Oxymed havia retirado da UTI do Hospital Regional Público de Gurupi (HRPG) aparelhos que foram locados pelo Estado para que mais dez leitos funcionassem no hospital. Conforme ofício Nº118/HRPG/DIR/PRÓ-SAÚDE/2012, enviado na terça-feira, 15, pelo diretor do HRPG, Valdemir Girator, ao secretário de Saúde do Estado (Sesau), Nicolau Esteves, a empresa teria solicitado ao hospital a disponibilização até esta sexta-feira, 18,dos equipamentos locados, “devido a pendência financeira do HRPG para com a empresa”.
Ainda conforme o ofício, o diretor também solicitou que a Sesau revisse os valores de repactuação “visando à manutenção dos equipamentos locados e acima de tudo a manutenção da prestação dos serviços médicos aos 10 leitos da UTI” no hospital em Gurupi. Ainda segundo o documento, o contrato de locação prevê o aluguel de 27 aparelhos utilizados na UTI pelo valor de R$ 33.070,00.
O CT tentou contato com as assessorias de imprensa da Sesau e da Pró-Saúde, mas não conseguiu falar com nenhum dos responsáveis pelo setor.
(CleberToledo)