Durante revista, PM encontra túnel de 10 metros em prisão de Palmas
Um túnel de 10 metros de comprimento foi encontrado na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), durante uma revista que está sendo feita na unidade durante esta quinta-feira (5). A operação foi realizada pela Polícia Militar que foi autorizada judicialmente a entrar no presídio por causa da greve da Polícia Civil.
unidade em Palmas (Foto: Divulgação/Secom)
O governo do Tocantins disse que o túnel vinha sendo cavado nestes últimos nove dias, período de greve dos policiais civis, responsáveis pela segurança nos presídios. O túnel está sendo periciado e depois será tampado com concreto. A vistoria acontecerá durante toda esta quinta-feira.
A entrada dos policiais teve início às 5h e o acesso aos pavilhões aconteceu às 7h. Os detentos foram retirados das celas e levados para o pátio de banho de sol. Após esse procedimento, os pátios internos e externos da unidade começaram a ser minuciosamente vistoriados.
Além do túnel, os policiais encontraram vários materiais, como aparelhos celulares, espetos de ferro, facas artesanais e outros objetos perfurantes. Um total de 139 homens, sendo nove bombeiros e 130 militares da PM e da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) participaram da operação.
presídio em Palmas (Foto: Divulgação/Secom)
A Polícia Militar entrou na CPPP respaldada por uma decisão judicial da desembargadora Maysa Vendramini. Na liminar, ela declara a greve como ilegal e autoriza os militares a fazerem vistorias em unidades prisionais de todo o estado, caso os policiais civis não voltassem ao trabalho.
A greve da Polícia Civil já dura nove dias. Os servidores cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007, pelo governador Marcelo Miranda (PMDB). Segundo informações do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO), a categoria ainda não recebeu do Estado uma proposta concreta. Aproximadamente 1,3 mil policiais aderiram ao movimento e apenas 30% do efetivo continua trabalhando para manter os serviços considerados essenciais.