Elegância vem de dentro.
O conceito de ser chique e elegante nunca esteve tão desassociado da riqueza e ostentação.
Elegância é ser gentil. É um dom que vai além de usar corretamente os talheres, e que abrange bem mais do que dizer um simples “obrigado” diante uma gentileza. A elegância está nas pessoas que escutam mais do que falam, e quando falam passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca. São pessoas que não usam um tom superior de voz, que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. Pessoas pontuais, que respeitam o próprio tempo e o tempo dos outros. Demonstram interesse por assuntos que desconhecem. Pessoas que não falam de dinheiro em bate-papos informais. Sobrenome, cargos, jóias, roupas não substituem a elegância do gesto. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Falemos então no mesmo tom de voz com todos, indistintamente.
Seja amigo sem conivência negativa. Seja sincero sem agressividade. Humilde sem relaxamento. Cordial sem fingimento. Simples com sobriedade. Perdoar sem fazer alarde.
Elegância não é algo que se tem, é algo que se é.
Natália Barreto