Em Araguaína, lixeiras públicas são destruídas por vândalos; empresa responsável ignora promessa e não faz a troca
Quem passa pela Avenida Cônego João Lima, o mais importante centro comercial de Araguaína, já deve ter percebido: boa parte das 50 lixeiras instaladas por lá foram destruídas pela ação de vândalos. Essa mostrada abaixo, que fica em frente ao HSBC, teve a sua estrutura parcialmente comprometida. Ironicamente, é uma lixeira onde não há como jogar lixo.
“As lixeiras beneficiam a todos. É patrimônio público. Infelizmente, muita gente não entende assim e acaba destruindo o que é útil para toda a sociedade”, contou a enfermeira Júlia Miranda, de 26 anos.
Já para o eletricista Carlos de Macedo, de 34 anos, a falta de fiscalização e a omissão do Poder Público facilita a ação dos vândalos. “Os marginais que destroem as lixeiras são os mesmos que depredam outros bens que compõem o patrimônio público. Na certeza da impunidade, uma vez que falta fiscalização, eles fazem da depredação uma prática rotineira”, afirmou ele.
Canteiros que servem de lixeira
Com muitas lixeiras destruídas, sobrou para os canteiros da Cônego. A maior parte deles, além de terem sido depredados, perdendo assentos, agora servem como depósito de lixo. “Muitas vezes a gente procura a lixeira, mas ela está quebrada, daí acaba jogando o lixo no canteiro mesmo”, reconheceu um adolescente flagrado por nossa equipe jogando lixo num dos canteiros.
Além de servir como lixeiras, os canteiros, sem manutenção, sofrem com o desgaste do tempo. A pintura há muito tempo dá sinais de que precisa ser refeita. As poucas plantas ornamentais que resistiram à ação dos vândalos precisam ser podadas. Falta também fiscalização no sentido de impedir que propagandas irregulares, especialmente cartazes de eventos, sejam coladas de forma indiscriminada. “É importante que o Poder Público esteja atendo a necessidade de prover a manutenção dos canteiros e a troca das lixeiras, contudo, mais importante ainda é a população se conscientizar da importância de zelar do bem público”, afirmou um comerciante.
Lixeiras não são trocadas
As lixeiras da Cônego João Lima, assim como as da Marginal Neblina, foram implantadas em maio de 2010. Ao todo, foram 100. Em ambos os locais, o vandalismo tem marcado presença.
Na época da implantação, a empresa responsável, a WS Comunicação Visual e Eventos LTDA, garantiu, em entrevista ao Portal O Norte, a substituição das lixeiras caso elas fossem destruídas. Uma equipe de profissionais, por sua vez, faria um monitoramento para inibir a ação de vândalos. Ao que tudo indica, a promessa não foi cumprida.
(Portal O Norte)