Em condições precárias de tráfego de veículos, rodovias do Estado só devem ser asfaltadas e recapeadas ano que vem
O caminhoneiro João de Deus tem 16 anos de estrada. Viaja muito entre Dianópolis, no Tocantins, e Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia. Em poucas palavras, ele descreve a TO-040, que utiliza sempre que precisa fazer esse trajeto. “Aqui é muito perigoso morrer, muita gente tem morrido por tombamento do carro”, diz.
A rodovia TO-040 tem 80 quilômetros e pelo menos 30 estão em péssimas condições. Até a ponte está irreconhecível com tanta lama e buracos.
Com tantos problemas, a principal ligação do Tocantins com a Bahia acabou ficando esquecida. São poucos os motoristas que ainda ousam passar, mas querendo ou não, daqui a algumas semanas, os caminhoneiros terão que enfrentar a situação.
O auge da colheita da soja é agora em março, mas a condição da estrada está tornando o transporte da carga mais demorado.
Os problemas continuam na TO-222, que liga o estado ao Pará. Em um trecho, os carros têm de se revezar em meia pista e quando chegam à divisa, encontram muita terra e sinalização desgastada. Quem mais sofre são os criadores de gado, que negociam com frigoríficos do Pará e precisam usar a estrada.
Outra rodovia, que mais parece uma estrada vicinal, é na verdade a TO-335, uma estrada muito importante por ser o único acesso à ferrovia que escoa a produção de grãos do estado até o Porto de Itaqui, no Maranhão. São 100 quilômetros de extensão e cerca de 70 estão em condições muito ruins.
A Secretaria de Infraestrutura do Tocantins informa que o asfaltamento e o recapeamento das vias só serão feitos no ano que vem. Para este ano, está prevista apenas uma operação tapa buracos.
(G1)