Em depoimento à PF de Araguaína, Terezona prefere ficar em silêncio
Ao ser conduzida à Delegacia da Policia Federal (PF) em Araguaína na manhã dessa sexta-feira, 29, sob acusação da prática de corrupção eleitoral e tráfico de influência, a vereadora Terezona (PR) não respondeu aos questionamentos da PF, agiu com tranquilidade e se reservou ao direito Constitucional de ficar em silêncio. A informação foi divulgada pelo delegado João Alberto Nolasco dos Santos, durante a entrevista coletiva.
Segundo a PF, mesmo a vereadora ficando em silêncio, foi possível comprovar o teor da denúncia, pois outras pessoas ouvidas confessaram que a parlamentar facilitava a realização de consultas, exames e até ultrassom, no Hospital Regional de Araguaína. Foram apreendidos no gabinete de Terezona, exames, bilhetes de encaminhamento e o HD do computador.
Além da vereadora, dois servidores do Hospital Regional de Araguaína estão envolvidos no suposto esquema e responderão por trafico de influência. De acordo com a Polícia Federal, um dos funcionários da Unidade Hospitalar tinha vínculo de proximidade com a vereadora Terezona (PR). A PF não divulgou os nomes.
A denúncia
Conforme a Polícia Federal, havia uma denúncia da prática de corrupção Eleitoral e Tráfico de influência, pois os favores eram realizados em troca de apoio político. Após a apreensão do material e averiguação dos fatos, o caso será encaminhado à Justiça Eleitoral, e conforme Nolasco, existe a possibilidade da vereadora Terezona ficar inelegível.
A ação da PF consistiu em cumprir três mandados de busca e quatro conduções coercitivas no município de Araguaína, e uma pessoa não foi encontrada. As buscas foram realizadas na Câmara de Vereadores de Araguaína e em duas residências, por determinação da 1ª Zona Eleitoral de Araguaína.
A corrupção Eleitoral se enquadra no artigo 299 do Código Eleitoral, com pena de até quatro anos de reclusão. A Vereadora foi ouvida e liberada, mas responderá pelos dois crimes: corrupção Eleitoral e Trafico de influência.
A outra versão
Embora tenha ficado em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal, a vereadora Terezona (PR) admitiu para a imprensa que ajuda as pessoas, mas se defendeu afirmando que é um trabalho social realizado há mais de uma década, mas não tem intenções eleitoreiras e disse que isso é perseguição política. “É um trabalho realizado para as pessoas e comunidade que precisam da saúde. Não é corrupção. Está havendo perseguição política. Porém, se a Justiça entender que não posso fazer esse trabalho, vou parar,” afirmou a parlamentar neste sábado. (Fonte: Araguaína Notíciais)