Em menos de um mês, Sandoval nomeou 5.322 servidores, 1.372 a mais do que os demitidos para “enxugar” a folha
Enxugar a folha. Essa foi a justificativa dada pelo novo governador do Tocantins, Sandoval Cardoso (SD), para a exoneração em massa de servidores promovida logo após ser eleito com apenas 16 votos para um mandato tampão.
Os números mostram que o “enxugamento da folha de pagamento e a readequação da máquina pública” ficou mesmo só no discurso, porque na prática os números denunciam o exagero de novos contratos no Governo do Estado. No último dia 14 de maio, 3.889 comissionados haviam sido demitidos. No entanto, entre os dias 21 de maio e 16 de junho o governo do Tocantins já contratou 5.322 servidores em cargos de comissão.
Na prática, isso significa que o governo de Sandoval Cardoso (SD) não só recontratou o mesmo número de servidores que haviam sido demitidos, como também nomeou mais 1.372 pessoas além do número de exonerados.
Ex-prefeitos
O “novo governador” incluiu nas nomeações dezenas de políticos sem mandato como os ex-prefeitos de Colinas, Maria Helena; de Wanderlândia, Ednilson Guimarães de Souza; de Babaçulândia, Alcides Filho Rodrigues; de Araguacema, João Paulo Ribeiro Filho; de Aragominas, Antônio Mota; de Tocantínia, Manoel Silvino; entre outros, e o candidato derrotado nas últimas eleições em Dois Irmãos do Tocantins, Antônio Zilnê Pereira Lima (PSDB).
Defensoria vai pedir informações
Em fevereiro, a justiça havia determinado que o governo exonerasse os contratos temporários e empossasse os aprovados no concurso do quadro geral em 90 dias.
As substituições deveriam ter acontecido de forma escalonada até 30 de abril, mas o Palácio Araguaia não cumpriu a medida. No dia 6 de maio o executivo foi intimado a cumprir a determinação judicial, mas a procuradoria só recebeu a intimação 20 dias depois e ainda pediu que o prazo fosse estendido por mais 10 dias.
A Defensoria Pública vai pedir informações para investigar se o Governo está descumprindo determinações judiciais.
(AF Notícias)