Empresário preso pela PF seria operador financeiro do esquema de propina no Plansaúde
A Polícia Federal efetuou, nesta terça-feira (14), a primeira prisão de um dos suspeitos de integrar o suposto esquema de pagamento de propina relacionada ao Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins, o Plansaúde, na investigação que levou ao afastamento do cargo do governador Mauro Carlesse (PSL).
O suspeito é o empresário de Palmas Diego Honório, apontado pelos investigadores como operador financeiro do esquema de lavagem de dinheiro. A prisão determinada pelo ministro Mauro Campell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é temporária, ou seja, tem prazo fixo, neste caso, cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período. O empresário foi levado ao presídio de Palmas.
Diego Honório é um empresário influente na capital e já foi citado em outra investigação da Polícia Federal, a que apurava um esquema de corrupção para a implantação do BRT em Palmas (Bus Rapid Transit), em 2017.
O empresário aparece como sócio em pelo menos 45 empresas nos estados do Tocantins, Goiás, São Paulo e Mato Grosso, das quais 39 estariam ativas. Maioria dos negócios é no ramo imobiliário.
Na operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (14/12), também foram cumpridos mandados de busca e apreensão e sequestro de bens.
As diligências são um desdobramento da Operação Hygea que investiga crimes supostamente cometidos por integrantes do Governo do Tocantins e que foram afastados temporariamente de suas funções por decisão da Corte Especial do STJ. Nesse esquema no plano de saúde dos servidores, estima-se que tenham sido desviados mais de R$ 40 milhões por meio do pagamento de propina.
Os mandados foram cumpridos em Palmas (TO), Brasília (DF) e Itajaí (SC), por servidores da Receita Federal do Brasil e Policiais Federais.
A operação deflagrada, nesta data, foi denominada pela Polícia Federal de ‘BACO’, em referência a figura da mitologia ligada ao lazer e às festas, em razão da conduta pródiga identificada em alguns investigados.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Diego Honório. O espaço segue aberto.
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