‘Escolhi lutar’, diz mãe de três filhos que enfrenta câncer de mama aos 32 anos em Araguaína
Fé, força, coragem e alegria são sentimentos indispensáveis na vida de Jaqueline Santos, 32 anos, que há 9 meses descobriu um câncer de mama. Receber um diagnóstico desse é como se o mundo estivesse desabando sobre a cabeça da pessoa, mas Jaqueline escolheu vencer e aproveitar intensamente todos os dias da sua vida.
“Em nenhum momento achei que passaria por isso, mas como fui diagnosticada com essa enfermidade eu tinha duas alternativas: ou me jogava na cama e esperava a morte chegar sem ao menos tentar, ou erguia minha cabeça e entregaria nas mãos de Deus e lutaria. Eu escolhi lutar incansavelmente, principalmente sorrir todo dia ao invés de chorar”, declarou Jaqueline em entrevista ao AF Notícias.
Jaqueline é mãe de três filhos, com idades de 03, 08 e 11 anos. Em novembro do ano passado, ela percebeu que havia um caroço debaixo do braço enquanto brincava com a caçula.
Durante a brincadeira, a criança atingiu o pé na mama direita da mãe, momento em que Jaqueline conta que sentiu dor e notou o caroço. A biópsia trouxe o diagnóstico inesperado: um carcinoma ductal de alto grau invasivo.
A confirmação de câncer abalou toda a família, mas Jaqueline foi abraçada com muito amor, apoio e carinho. Com o tratamento da quimioterapia veio também a queda do cabelo, outro baque.
“O meu marido foi quem raspou os meus cabelos em uma noite quando ele chegou do trabalho. Tinha vários cabelos caídos em toda a casa, então, ele chorou muito. Vi que ele estava sofrendo até mais do que eu. Pedi para que raspasse o meu cabelo e em seguida eu raspei o dele. Choramos juntos e nos abraçamos. Estamos casados há 12 anos”, conta.
DIFICULDADES FINANCEIRAS
O marido de Jaqueline trabalha como eletricista e, assim, mantém o sustento de toda a família. Ela conseguiu fazer a quimioterapia e alguns exames por meio de um plano de saúde, mesmo assim a família tem passado por dificuldades financeiras, já que os gastos são elevados devido à compra de remédios e outros exames que o plano não paga.
A mastectomia, cirurgia para remoção da mama, estava agendada para 17 de junho, mas foi adiada para o dia 22 de junho no Hospital Maternidade Dom Orione e será custeada pelo plano. Já para a reconstrução da mama, a dona de casa terá que desembolsar cerca de R$ 15 mil.
“Vou fazer a mastectomia radical, que é a retirada completa da mama, porém precisa colocar um expansor, e o plano não autorizou. É uma cirurgia em torno de R$ 15 mil. Não tenho condições. Conto com a ajuda de pessoas para conseguir arrecadar o valor”, conta Jaqueline.
Quem puder ajudá-la pode doar pelo Pix: (CPF) 005.622.101-05 em nome de Wesley Francisco de Assis Rocha.
NUNCA DESISTIR!
Por fim, Jaqueline deixa uma mensagem de fé e esperança. “Para as pessoas que lutam contra essa doença, não se deixem levar pelo medo. O medo nos faz desistir das coisas que queremos e das pessoas que amamos. Por isso, tenham fé, coragem e, acima de tudo, Deus. Quando olho para os meus filhos, sei que não posso ir embora daqui, de jeito nenhum! Tenho que cuidar deles, pois ainda são pequenos e eu preciso estar aqui”.