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Estado é acionado novamente na Justiça por inadimplência nos pagamentos do Plansaúde

20141003173605_plansaudeO Núcleo de Ações Coletivas da Defensoria Pública do Tocantins protocolou na tarde de quinta-feira (2), uma manifestação na Justiça devido ao descumprimento de ordem judicial, proferida no dia 23 de agosto de 2013, que impôs ao Estado a obrigação de regularizar o atendimento do Plansaúde, conforme acordo firmado em abril de 2013.

Após a decisão judicial, o Estado chegou a regularizar os pagamentos com os prestadores de serviços e o atendimento foi regularizado. Todavia, desde o mês de maio deste ano a inadimplência voltou a ocorrer.

Inicialmente, fora divulgado que as UTI’s tinham suspendido o atendimento aos usuários do Plansaúde. Todavia, conforme expediente encaminhado por um prestador de serviços, tais atendimentos estariam normais, sem qualquer
paralisação.

Segundo a coordenação do Núcleo da Saúde da Defensoria Pública, por meio do Defensor Público Arthur Luiz Pádua Marques, quanto à informação de paralisação dos atendimentos de UTI a empresa prestadora do serviço enviou
expediente no final da tarde deste sexta – feira, 03, à Defensoria Pública, relatando que, atualmente, os atendimentos do Plansaúde estão regulares, não havendo paralisação nem prejuízo aos usuários. Por esta razão a Defensoria Pública informará este fato ao Juiz da causa de modo a regularizar a informação e o pedido.

Documentos apresentados pelos prestadores de serviços revelam atrasos que vêm desde maio de 2014, demonstrando, de forma inequívoca, que o Estado do Tocantins e a Unimed – Federação interfederativa das Cooperativas Médicas
do Centro Oeste e Tocantins, na condição de operadora do Plansaúde, não vêm cumprindo as obrigações financeiras contraídas junto aos prestadores de serviços, ocasionando a descontinuidade nos atendimentos aos usuários, embora efetue regularmente os descontos na remuneração/subsídio dos servidores públicos filiados ao mencionado plano.

Para a DPE, a persistência desta situação, inevitavelmente, causará um colapso no SUS – Sistema Único de Saúde, pois, não obstante as dificuldades enfrentadas, ainda terá que absorver quase toda a demanda proveniente dos segurados do Plansaúde, ou seja, cerca de 90 mil usuários, agravando o quadro em que se encontra.

Ausência de Licitação

Outro problema encontrado pela DPE refere-se ao descumprimento efetivo pelo Estado do Tocantins em relação ao processo licitatório para contratação de nova empresa para operar o Plansaúde. Isso porque, quando da celebração do TAC no ano passado, o Governo Estadual se comprometeu a publicar um Termo de Referência até o dia 6 de maio de 2013 com a finalidade de realizar nova licitação. Ocorre que até a presente data esta obrigação ainda não foi efetivamente cumprida, em nítida violação à Lei de Licitações.

Pedido Judicial

Assim, diante dos documentos apresentados e a verificação de descumprimento do TAC e também da ordem judicial, a Defensoria Pública requer ao Poder Judiciário que obrigue o Estado do Tocantins e a Unimed – Federação Interfederativa das Cooperativas Médicas do Centro Oeste e Tocantins, que regularize no prazo máximo de 72 horas o atendimento dos usuários do Plansaúde, em especial nas UTI’S, nos segmentos adulto, pediátrico e neonatal, estabelecendo, ainda, multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação.

A Execução do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, foi autuada e registrada sob o nº 5026331-14.2013.827.2729 e encontra-se sobre tramitação na 3ª Vara dos Feitos das Fazendas e Registros Públicos da Comarca de Palmas.

(AF Notícias)