Estado

Estudantes saem às ruas de Palmas em apoio à greve dos professores da rede Estadual

Divulgação
Divulgação

Cerca de 60 estudantes da rede de ensino estadual de Palmas fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (16), em frente ao Palácio Araguaia, sede do governo do Tocantins, na capital. Eles pedem que o governo do estado atenda as reivindicações dos professores, que estão em greve desde o dia 24 de maio.

Alunos escutam profesores antes do protesto em Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)
Alunos escutam profesores antes do protesto
em Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)

“Nós apoiamos os professores e queremos pressionar o governo para que conceda a progressão e faça melhoria na infraestrutura das escolas”, disse o presidente da Ordem dos Estudantes Secundaristas de Palmas (OESP), Gustavo Somera, acrescentando que tanto os alunos, quanto os professores querem, também, eleições para a escolha dos diretores. “Os estudantes e professores têm condições de escolher os diretores.”

Gustavo conta que a adesão dos estudantes surgiu após alunos do Centro de Ensino Médio Tiradentes procurarem a OESP para realizar uma mobilização. “Fizemos uma força-tarefa, tivemos dois dias de divulgação nas redes sociais e conseguimos reunir cerca de 60 pessoas.”

Gustavo mostra cartaz com frase de protesto (Foto: Elisangela Farias/G1)
Gustavo mostra cartaz com frase de protesto
(Foto: Elisangela Farias/G1)

Antes da mobilização, os alunos escutaram de professores o motivo da greve. A professora Maria do Carmo Ribeiro dos Santos afirmou que os estudantes são o público-alvo do educador, por isso, é preciso saber o que eles pensam. “Fiquei sabendo da mobilização e vim acompanhar. É uma proposta ousada, interessante.”

Maria do Carmo ressaltou ainda que a categoria não está em greve à toa. “Precisamos fazer com que a comunidade, os políticos vejam a educação não só na eleição, mas no seu procedimento normal”, observou, dizendo ainda que o governo não tem ouvido as reivindicações dos professores. “Não aceitaram a nossa contraproposta. Não teve tempo de conversar, por isso prosseguiu a greve. Falta diálogo, falta o governo ouvir.”

O estudante do João Paulo Araújo, do Centro de Ensino Médio de Taquaralto, foi ao protesto para apoiar os professores. “Apoiamos a greve, mas queremos que as aulas voltem porque nós somos os maiores prejudicados.”

Aluno protesta em frente ao Palácio Araguaia, em Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)
Aluno protesta em frente ao Palácio Araguaia, em
Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)

A greve
Uma decisão do juiz Helvécio de Brito Maia Neto, publicada no dia 28 de março declarou ilegal a greve dos professores da rede de ensino do Tocantins. A decisão também determinou o imediato retorno aos serviços nas unidades educacionais da rede estadual de ensino e foi fixada multa diária no valor de R$ 20 mil, até o limite de R$ 200 mil, em caso de não cumprimento da liminar.

No dia 4 de abril, o ex-governador Siqueira Campos, assinou a Medida Provisória que cria o Quadro auxiliar de servidores da Educação, e cria o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e PCCR e realinha os salários dos professores normalistas com professores da educação básica, beneficiando cerca de 3.246 servidores.

No dia 10 de abril, em assembleia, os professores decidiram continuar a greve para conseguir adicionar algumas reivindicações na Medida Provisória proposta pelo governo. “Precisamos adicionar algumas coisas que ainda estão fora e vamos manter o debate com o governo para que eles atendam de fato aos nossos interesses e nos deem aquilo que está sendo proposto desde o início da greve”, ressaltou, na época, o professor de Tocantinópolis Cleber Borges.

Alunos fazem cartazes para protesto em Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)Alunos fazem cartazes para protesto em Palmas (Foto: Elisangela Farias/G1)
Polícia Militar faz isolamento em frente ao Palácio Araguaia (Foto: Elisangela Farias/G1)
Polícia Militar faz isolamento em frente ao Palácio Araguaia (Foto: Elisangela Farias/G1)
(G1)