Exame comprova que menina de 5 anos foi estuprada no Tocantins
Um exame comprovou que uma menina de cinco anos foi estuprada em Araguaína, no norte do Tocantins. O crime teria acontecido dentro da escola municipal Domingos Sousa Lemos, localizada no setor Jardim das Flores. A mãe da criança denunciou um professor da unidade em abril desse ano . O mandado de prisão do suspeito foi expedido há uma semana e ele é considerado foragido da Justiça.
O laudo saiu ainda em abril, pouco tempo após a denúncia, mas o resultado só foi divulgado agora porque a delegada responsável, Tânia Cunha, queria concluir as investigações. “Os laudos constataram que houve abuso sexual, conjunção carnal com rompimento, em uma criança”, afirmou.
Segundo as investigações, duas outras crianças teriam visto tudo. “A nossa preocupação era que essas crianças tivessem condição de prestar os depoimentos. Elas tiveram um aparato psicológico”, diz a delegada.
Na época, o Conselho Tutelar foi acionado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA), logo após a criança dar entrada no local.
“A médica nos passou um laudo informando que provavelmente ela poderia ter sido abusada e logo em seguida foi encaminhada para o Hospital Regional, onde o conselho estava acompanhando junto com a mãe”, conta o conselheiro tutelar Wilson Sousa.
Após denúncia, o professor suspeito de ter cometido o crime se apresentou na delegacia, mas negou tudo. “Ele foi ouvido, negou a prática do delito, mas as investigações continuaram.”
Professor exonerado
Após pedido de prisão feito pelo Ministério Público Estadual, a Secretaria Municipal de Educação exonerou o suspeito nesta quinta-feira (16), que já tinha sido afastado de suas funções imediatamente após a denúncia. A secretaria disse ainda que vai apurar os fatos internamente e que colaborou durante a investigação policial. A criança foi transferida para outra unidade de ensino a pedido da mãe.
Em nota, a Prefeitura de Araguaína disse que lamenta, repudia e combate atos que prejudicam o desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo e afetivo dos alunos e qie quando foi apresentada a denúncia, a criança recebeu atendimento psicólogo.
Procurada, a direção da escola não quis falar do assunto.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Entenda
A mãe relatou que no dia 8 de abril, a filha chegou em casa reclamando de dores. “Ela chegou e foi direto para o quarto se deitar, queixando que sentia fortes dores na barriga e na cabeça”.
Na semana seguinte, a mãe disse que notou um sangramento nas partes íntimas da filha. No início, a menina disse que tinha sido empurrada por um colega e se machucado, ao cair no chão. “Ela ficou sem comer, não estava dormindo. Eu até pensei que fosse calazar.”
A mulher disse que os sintomas continuaram. Ela ficou preocupada e decidiu, no 17 de abril, levar a filha a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “A todo o momento ela falava para os conselheiros que tinha sido abusada. Ela falou que o professor tinha tirado o piu-piu para fora e colocado nela”.
No dia 19 de abril, o Conselho Tutelar acompanhou a família até à delegacia de Polícia Civil, onde os pais apresentaram denúncia contra o professor.
Desde esta data, a menina não frequenta mais a escola municipal. A menina foi encaminhada para o Hospital Regional de Araguaína, onde passou por exames, depois foi levada de volta para a UPA, onde ficou em observação.
(G1)