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Família luta para salvar bebê que nasceu com problema cardíaco e lamenta demora do Estado

A família de Vanessa Cristina Alves travou uma verdadeira batalha judicial e está correndo contra o tempo para salvar a vida do seu filho, um recém-nascido. O bebê veio ao mundo com problemas cardíacos e necessita com urgência de cirurgia. Ele está internado na UTI neonatal do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, desde o dia em que nasceu, 9 de agosto.

O laudo médico é claro ao apresentar a gravidade e a urgência que o caso requer, bem como o “risco iminente de óbito”.

Nessa corrida contra o tempo, a família procurou o Ministério Público do Tocantins (MPTO), que acionou a Justiça a fim de obrigar o Governo do Estado a providenciar o tratamento do bebê.

Em decisão liminar proferida no dia 18 de agosto, o juiz Adriano Gomes de Melo Oliveira determinou que o Estado disponibilize o procedimento de drenagem anômala total de veias pulmonares para o bebê, seja na rede pública ou privada, neste caso com todos os gastos custeados pelo governo.

Porém, a família informou que o Estado não cumpriu a decisão até a manhã desta terça-feira, dia 30 de agosto.

“A família do paciente entrou em contato informando que até o momento o paciente não foi submetido ao exame e ao procedimento pleiteado nos autos”, informou o Ministério Público em ofício enviado ao juiz responsável pelo processo no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas.

A avó do bebê, Denise Sousa, explicou que seu neto já está com o quadro de saúde estabilizado e pode ser transferido da unidade para realizar os exames e o procedimento cirúrgico. “Ele tem que ser transferido daqui urgente”, afirmou.

RESPOSTA DO ESTADO

Após a decisão da Justiça, o secretário estadual de Saúde, Afonso Piva, informou que o Hospital Municipal de Araguaína (HMA), para onde o recém-nascido deveria ter sido transferido, solicitou um exame de angiotomografia para fechamento de diagnóstico e conduta médica.

Este exame teria sido agendado para o dia 18 de agosto, no Hospital Geral de Palmas (HGP), mas não foi realizado porque o recém-nascido não estava em condições de saúde para fazê-lo.

Cabe salientar que o procedimento necessita ser feito com a utilização de contraste, sendo muito delicada a execução, assim, aguardamos a melhora do quadro clínico do paciente e liberação médica para que seja agendada nova data para realização do exame”, informou o secretário para a Justiça.

O QUE DIZ A SECRETARIA DA SAÚDE?

Em resposta ao AF Notícias, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que o bebê encontra-se sob os cuidados da equipe multiprofissional da UTI do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), onde já realizou os exames e agora aguarda autorização de transferência, do Hospital Municipal de Araguaína, onde fará o procedimento o cirúrgico que precisa.

Ainda conforme a Secretaria da Saúde, a transferência do bebê será realizada assim que a equipe médica responsável pelo procedimento chegar a Araguaína. “Os profissionais são de Goiânia e virão ao Estado em avião providenciado pelo Estado do Tocantins, ainda nesta terça-feira, 30”, garantiu a SES.

Fonte: AF Noticias