Festa após recuperação, fantasia para abraço surpresa: veja reencontros emocionantes de pais e filhos em tempos de coronavírus

1 de maio de 2020 Girodo

É fato que a pandemia do coronavírus mudou a vida das pessoas. E o cenário ficou naturalmente mais difícil para quem contraiu a doença – por isso, as histórias de recuperação são motivo para homenagens e comemorações. A volta do médico Marcos Roberto para a casa, em Sorocaba (SP), teve bexigas coloridas e bilhetes dizendo “Papai, você venceu”.

Médico curado da Covid-19 recebe surpresa dos filhos em Sorocaba

Em Passo Fundo (RS), as razões pela festa se multiplicaram, já que os dois pacientes que tiveram alta eram pai e filho – ambos do grupo de risco do coronavírus.

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Depois de passar 14 dias isolada em Londrinha (PR), a professora Eliene pôde se reencontrar com os filhos, em comemoração com direito a cartinhas e declarações. “Eu tinha a certeza que eu queria viver e ver meus filhos de novo”, contou ela.

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E essa questão da saudade dá um aperto, né? Principalmente com os pequenos. Alguns pais relatam situações de cortar o coração. Foi o caso de um médico de São Sebastião (SP), que atua na linha de frente do combate ao coronavírus. Não aguentando essa separação, ele preparou uma surpresa especial para o filho: se fantasiou de dinossauro para que pudesse visitar e abraçar o pequeno Lucca.

Juan Lambert médico dinossauro São Sebastião Caraguatatuba filho Lucca — Foto: Arquivo Pessoal

E a saudade aperta para as “crianças adultas” também. Mãe e filha, profissionais da saúde em Porto Alegre, ficaram por 45 dias sem contato e deram um abraço por meio de um saco plástico – a mãe é técnica em radiologia, e a filha, enfermeira.

“Eu montei um lugar no pátio para que ela ficasse longe, mas que a gente pudesse se ver, se olhar, conversar. Quando ela disse ‘mãe, eu vou indo’, me deu aquela sensação: ‘Quando será que eu vou ver minha filha de novo?’. E aí peguei aquele saco e me enfiei dentro dele”, contou Andrea.

Mãe e filha se abraçaram protegidas por um plástico após 45 dias sem se ver — Foto: Andrea Fogaça Monteiro/Arquivo pessoal

Mas e quando você acaba de se tornar pai e não pode conhecer o bebê? O jeito é improvisar. Silverlândia foi até a janela do hospital e mostrou o menino ao papai Joel. De longe, pelas grades, ele conseguiu ver, pela primeira vez, o garotinho recém-nascido.

“Não consegui ver o rostinho dele direito, mas foi o único jeito. Me deu uma angústia, a ansiedade é grande para pegar ele no colo, vê-lo no berço lá na minha casa. Quando eu o vi, a vontade de tê-lo nos meus braços aumentou ainda mais”, disse ele.