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Filho de vítima de chacina na BR-153 denuncia ameaça: ‘Vão matar mais’

frame_acidenteO filho de uma das 5 vítimas de uma chacina na BR-153, em Wanderlândia (TO), afirmou neste sábado (30), em Goiânia, que a família está recebendo ameaças do autor do crime. O homem, que não quis ser identificado, registrou, junto com outros parentes, um boletim de ocorrência na Polícia Civil alegando que foi procurado por criminosos que disseram que “vão matar mais gente”.

“Estão ameaçando todo mundo da família. Eles falam que mataram meu pai e todos que estavam naquele carro e dizem que vão matar o resto que sobrou. Todo mundo está falando deste crime, estão cobrando o resultado. Tenho medo de que eles matem mais pessoas. Eles querem matar muita gente e é por isso que a gente veio aqui registrar este caso, isso precisa acabar”, afirmou o homem.

A denúncia foi feita nesta tarde no 1º Distrito Policial de Goiânia. A família alega que veio para a capital goiana para tentar se proteger. O crime aconteceu na manhã do dia 25 de julho, em Wanderlândia, região norte do Tocantins.

Um carro com com 7 pessoas capotou e saiu da rodovia. Cinco delas foram encontradas mortas com marcas de tiros pelo corpo. A Polícia Civil suspeita que a chacina foi motivada por uma rixa entre famílias ciganas.

As vítimas são Alan da Silva, de 30 anos, Sidiney Pereira dos Santos, de 78, Weslley Alves da Silva, de 25, Deuzenir Alves da Silva, de 60, e uma criança de cinco anos que foi lançada para fora do carro.  Dentro do veículo, foi encontrada uma pistola ponto 40 de uso exclusivo da polícia.

De acordo com o delegado Hemerson Francisco de Moura, uma mulher que sobreviveu a execução contou que se fingiu de morta e tapou com as mãos a boca do filho de dois anos para que eles não fossem mortos. Ela afirmou à polícia que houve vários disparos de arma de fogo antes do acidente.

A mulher foi atingida por um tiro na perna e prestou depoimento ainda na unidade de saúde. O menino teve apenas ferimentos leves. Ela e o filho foram levados para o Hospital Regional de Araguaína (HRA).

Investigação
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Wanderlândia. A polícia acredita que se trata de uma rixa entre famílias ciganas. “Esse crime, pelo que a gente apurou, trata-se de um conflito familiar, de família cigana, que culminou nessa chacina”, disse o delegado Hemerson Francisco.

De acordo com a investigação, os alvos da ação seriam os irmãos Weslley e Alan da Silva. “O pai do motorista já foi vítima de homicídio pelos mesmos suspeitos que atiraram nos ocupantes do veículo hoje”, completou.

O delegado informou ainda que Alan foi ameaçado de morte há cerca de dois anos e a partir desta época vem fugindo. “Os indivíduos desceram e efetuaram vários disparos contra as vítimas. A mulher que sobreviveu e seu filho se fingiram de mortos e conseguiram escapara ilesos”, completou. A polícia não informou quantos homens participaram da execução e se há pistas do paradeiro deles.

(G1)