Funcionários do Dona Regina denunciam falta de medicamentos e materiais de trabalho na unidade
Funcionários do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, denunciaram neste domingo (21) condições precárias de trabalho na unidade. Eles relatam falta de medicamentos básicos e também de materiais como luvas cirúrgicas, máscaras e outros equipamentos de proteção individual. A unidade é a maior maternidade pública em todo o Tocantins.
Desde o sábado (20) o centro cirúrgico está interditado porque as salas estão sendo usadas para internação de emergência de pacientes com a Covid-19. Os funcionariam disseram que estão tentando reorganizar o hospital para liberar pelo menos parte do bloco ainda neste domingo, a previsão deles é que ao menos três salas vão poder voltar a ser usadas até o fim do dia.
A Secretaria de Saúde do Tocantins foi procurada para comentar o caso e negou as acusações dos funcionários. Disse que não há falta de EPIs ou medicamentos na unidade. Afirmou que “as faltas pontuais estão sendo substituídas por fármacos similares”. (Veja a nota na íntegra no fim da reportagem)
Na tarde de sábado, os funcionário alertavam que o fechamento da unidade representava um grande risco já que se houvesse necessidade de um parto por cesariana, o procedimento teria que ser feito nos corredores.
Neste domingo, parte da equipe foi para a porta do hospital ao longo da tarde, para informar sobre a situação preocupante de desabastecimento na unidade. Eles também alegam que não há controle de entrada na maternidade, sem medição da temperatura dos pacientes e acompanhantes ou testagens para a Covid.
Nota do Governo do Tocantins na íntegra
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que já realizou a transferência das gestantes e recém-nascidos do bloco cirúrgico do Hospital e Maternidade Dona Regina e está finalizando a desinfecção do local, para nas próximas horas liberar os ambientes para retorno regular dos atendimentos. Os partos normais estão sendo feitos regularmente.
A SES ampliou a quantidade de leitos de isolamento, para atendimento das pacientes positivas para Covid-19, além dos leitos já existentes no Hospital.
A SES ressalta que todas as medidas de prevenção e segurança biológicas estão sendo tomadas na Unidade, não há falta de equipamentos de proteção individual (EPI), que são distribuídos de acordo com o nível de possível contaminação e local de trabalho dos profissionais. Também não há falta de medicamentos ou insumos; as faltas pontuais estão sendo substituídas por fármacos similares sem alteração na assistência.
A Unidade hospitalar, referência em alta complexidade para atendimentos maternos, possui equipe capacitada e multiprofissional para atendimento das demandas existentes. O hospital tem como referência para atendimentos intensivos (UTI ) de pacientes adultas o Hospital Geral de Palmas (HGP).
Fonte: G1 Tocantins