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Gavião de dois metros e espécie rara é encontrado baleado no norte do TO

Divulgação
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Um gavião real de quase dois metros de envergadura (distância entre as pontas das asas abertas) foi encontrado baleado no município de Babaçulândia, a 446 km de Palmas. A ave foi encontrada pelo biólogo Raony de Macedo Alencar, há cerca de dez dias, quando ele monitorava macacos em uma mata de difícil acesso na região. A ave foi resgatada e tratada, mas não resistiu aos ferimentos de bala e morreu alguns dias depois.

Alencar relata que descia uma trilha de acesso à uma mata quando visualizou a ave, que também é conhecida como harpia, pousada em uma árvore. Ele conta que estranhou a falta de reação do animal à sua presença. “Eu fui tirando fotos dela e me aproximando devagar e percebi que ela estava machucada, pois não tentou fugir ou atacar”, detalha. Segundo Alencar, ele estava a três metros da ave quando percebeu que ela havia sido baleada e chamou a equipe do Naturatins, órgão responsável pelo meio ambiente no Tocantins.

A harpia foi levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Araguaína, na região norte do estado. De acordo com a administradora do Cetas, Caroline Duks, a ave levou três tiros e apresentava infecções graves. “Nós tentamos tratar os ferimentos, mas os locais já estavam bem infeccionados e ela não sobreviveu”, explica. De acordo com Caroline, a necropsia apontou que o gavião real estava ferido há pelo menos sete dias quando foi encontrado pelo biólogo.

De acordo com Alencar, este é o primeiro registro de um animal desta espécie na região leste do Tocantins. Segundo ele, o espécime era uma fêmea adulta de aproximadamente 10 anos de idade com 1,96 metro de envergadura. Segundo Caroline, caçar animais silvestres é um crime sujeito à prisão. “Se a pessoa que atirou no gavião fosse pega em flagrante, ela seria presa e poderia pegar até três anos de prisão além de ter que pagar uma multa de até R$ 5 mil.

O raio-x do gavião real aponta um dos ferimentos causados pelo tiros  (Foto: Cetas/divulgação)
O raio-x do gavião real aponta um dos ferimentos causados pelo tiros, uma bala alojada na perna do animal (Foto: Cetas/Divulgação)
(G1)
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