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Homenagens para vítimas de trânsito são arrancadas das ruas de Palmas

Divulgação
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Homenagens que tinham sido feitas às vítimas de trânsito de Palmas foram arrancadas das ruas e canteiros da capital. As flores, cruzes e lembranças foram deixadas pelos familiares das vítimas nos locais onde aconteceram os acidentes. A homenagem foi realizada na semana passada. A retirada dos objetos provocou indignação nos familiares.

No canteiro central da avenida LO 3 perto da NS 8 a homenagem à estudante que morreu atropelada no trecho desapareceu. Restaram apenas cacos de vidro. A lembrança tinha sido colocada pela mãe, a funcionária pública Tânia Regina Maretinoviski. A filha dela, a estudante Amanda Rafaele, morreu depois de ser atingida por um ônibus há três anos. “Eu levei um susto. Foi uma surpresa desagradável até porque mexe com os sentimentos da gente. Queiram ou não queiram estão desrespeitando os nossos sentimentos”.

Homenagens tinham sido colocadas por familiares de Palmas na semana passada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Homenagens tinham sido colocadas por familiares
na semana passada
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Perto do local, na LO 5 as flores em formato de cruz também sumiram. A prefeitura nega que tenha participação no caso. “Não foi o setor de fiscalização urbana. Nós ficamos sabendo depois que os servidores comentaram na secretaria”, disse o gerente de fiscalização de Palmas Emerson Pinheiro.

Em Palmas, não há uma lei que regulamente este tipo de homenagem em áreas públicas, mas de acordo com o código de posturas, existe uma série de restrições quanto à utilização destes locais. Um decreto da prefeitura, de setembro deste ano, proíbe a colocação de qualquer objeto ou exibição de anúncio seja qual for a finalidade. Mesmo assim, em diversas avenidas da capital, é possível encontrar faixas e cartazes de propaganda de produtos e serviços.

Enquanto aguarda uma autorização por escrito, a funcionária pública Tânia prepara novamente o lugar onde vai colocar um novo arranjo. Na próxima segunda-feira (9) faz três anos que a filha dela foi vítima da violência do trânsito de Palmas. “Eu sei que o que a gente faz não vai trazê-la de volta, mas é uma maneira de amenizar a falta dela e também para que os motoristas continuem se conscientizando”.