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Hospitais ficam lotados e famílias se desesperam enquanto pacientes esperam na fila por leitos de UTI

Pacientes de diferentes regiões do Tocantins enfrentam dificuldades para conseguir leitos de UTI na rede hospitalar do estado. Com várias unidades lotadas, as famílias dos internados estão desesperadas a procura de vagas. Os problemas de saúde destes pacientes são variados e vão desde aneurismas até acidentes de trânsito.

Um dos casos é o da Dona Luzia Bento de Souza, de 49 anos,. Ela está no Hospital Geral de Palmas e foi intubada no dia oito de fevereiro. De lá pra cá, o quadro de saúde só piorou. Ela tem dois aneurismas, precisa de cirurgia urgente, mas a família foi informada que não há leitos.

“Se aqui não tem. Uma UTI aqui dentro do HGP. A gente sabe que o estado tem convênio com outros hospitais, que podem fornecer pra ela uma UTI” reclama a filha, Kares Lanne Benta de Sousa.

A Secretária Estadual de Saúde, admitiu que o HGP está lotado. Afirmou em nota que a unidade está atuando com sua capacidade máxima, com pacientes de urgência e emergência que precisam de atendimentos rápidos. Muitos deles, são vítimas de acidentes de trânsito.

A situação se repete, no Hospital Regional de Araguaína. A Marivane Cristina, de 41 anos, está com hemorragia, em dieta zero desde sábado. Ela respira com ajuda de aparelho, precisa fazer hemodialise e o mais urgente: um leito de UTI.

Hospital operam lotados no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Hospital operam lotados no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Outro caso foi o do seu Manoelino de 90 anos. Ele ficou exposto no corredor do HGP durante 12 dias esperando um leito. Acabou recebendo alta sem conseguir e faz o tratamento em casa.

Nesta quinta-feira (11), o painel da SES chegou a ultrapassar os 100% de lotação, tanto no Hospital Dona Regina , quanto no Hospital Infantil, ambos na capital.

O secretário de saúde, Edgar Tollini, comentou sobre o problema durante um evento que celebra a assinatura da ordem de serviço para a construção do Hospital Geral de Araguaína. “A gente sempre está trabalhando dentro de um limite, com segurança e tentando ampliar a oferta de serviços ao cidadão que precisa de saúde pública”.

“Eu tô aqui hoje pedindo clamor. Eu não quero que morra ninguém da UTI para aparecer uma vaga para ela não. Eu só quero que o governo realmente olhe para isso aqui, porque eu sei que vem verba para isso aqui. Quantas pessoas não estão aqui dentro precisando de ajuda, não é só a minha mãe que está nessa situação”, diz a filha de dona Luzia.

Fonte: G1 Tocantins