Incêndio de grandes proporções está consumindo fazendas na região de Araguanã; veja vídeo
Um incêndio de grandes proporções está devastando áreas na região do município de Araguanã, no norte do Tocantins. Mais de 100 pessoas estão atuando para combater o fogo que começou na tarde da última sexta-feira (30/8) e continua se alastrando na manhã desta segunda (2/9).
Equipes de brigadistas, Defesa Civil e voluntários estiveram no local durante toda a noite deste domingo (1º), mas o fogo ainda avança sem controle.
O secretário de Meio Ambiente de Araguanã, Patrick Ranbel, afirmou que o trabalho principal neste momento é tentar evitar que o vento leve as chamas para a zona urbana. “Estamos acompanhando a movimentação [do fogo]. Ontem o combate foi para as chamas não passarem para as demais fazendas e chegarem a cidade, mas o vento não ajuda“, explicou.
“A situação é a pior possível. Já é o quarto dia de combate ao incêndio e ontem foi o pior dia. O fogo já queimou milhares de hectares de fauna e flora. Uma perda irreparável”, lamentou o secretário.
INÍCIO DO INCÊNDIO
De acordo com a Brigada de Incêndio do município, uma propriedade da região estava sendo gradeada e, durante o contato dos discos da lâmina com pedras, surgiram faíscas que atingiram a vegetação. Por causa do tempo seco e ventos fortes, o fogo se espalhou rapidamente e gerou o incêndio de grandes proporções.
Imagens feitas na região mostram o fogo devastando propriedades. As chamas produzem muita fumaça e podem ser vistas de longe.
Equipes da Defesa Civil com o reforço do Sindicato Rural de Araguaína (SRA) estão ajudando no combate às chamas. O Sindicato de Araguaína enviou carros-pipas e trabalhadores para ajudar a controlar o incêndio. Fazendeiros e assentados também se juntaram às equipes no combate.
Conforme informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Araguanã, além das fazendas, o fogo atingiu algumas propriedade do Projeto de Assentamento Inhumas.
Pior seca nos últimos 40 anos
O Tocantins está entre os 16 estados que enfrentam, neste ano, a pior estiagem no período de maio a agosto desde 1980. As informações são do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais, que é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Segundo os dados é a primeira vez em ano que se observa uma seca tão severa.
A seca teria iniciado em 2023 com a chegada do fenômeno El Niño, que mudou o ciclo das chuvas. Neste ano, após o encerramento do fenômeno em abril, veio o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, reflexo do aquecimento global, que fez com que o padrão de chuvas continuasse alterado.
Fonte: AF Noticias