Infestação por piolhos de pombo gera transtornos na ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas
Uma infestação de piolhos de pombo causou transtornos nesta semana na ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP), segundo relatos de profissionais de saúde que trabalham na unidade. A denúncia foi encaminhada ao AF Notícias.
“Foi uma bagunça tirando as crianças das salas. Um absurdo. Disseram até que foram incineradas seringas e luvas que estavam infestadas pelos bichos”, relatou uma servidora que preferiu não se identificar.
O piolho de pombo, um ácaro que habita aves silvestres como pombos e pardais, pode provocar vermelhidão, coceira e pequenos inchaços na pele humana, semelhantes a picadas de mosquitos. Esse ácaro transmite uma patologia chamada dermatozoonose, que se manifesta como uma alergia a picadas de insetos, causando lesões similares às de picadas de formiga.
Além da dermatozoonose, o piolho de pombo pode ser vetor de outras doenças, como a criptococose, histoplasmose e salmonelose. A criptococose é uma infecção fúngica que pode afetar o sistema nervoso central, enquanto a histoplasmose é causada por um fungo que pode provocar problemas respiratórios. A salmonelose, por sua vez, é uma infecção bacteriana que pode causar sintomas gastrointestinais severos.
De acordo com especialistas na área de zoonoses, para conter a infestação de piolhos de pombo, é essencial adotar medidas preventivas. Manter as áreas limpas e livres de fezes de aves, vedar locais que possam servir de abrigo para pombos e outras aves, e utilizar telas de proteção em janelas e entradas são passos importantes. Em casos de infestação já instalada, a desinfestação profissional é recomendada, incluindo a limpeza profunda e, se necessário, o uso de inseticidas adequados para eliminar os ácaros.
O QUE DIZ A SES-TO?
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde informou que, no sábado (15/6), após a detecção de piolhos de pombo em leitos da ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP), alguns pacientes precisaram ser remanejados para outras áreas da unidade enquanto uma empresa especializada realizava a eliminação da praga.
Conforme a Saúde, a situação foi resolvida e todos os pacientes continuaram recebendo total assistência. O HGP disse que já trabalha no retorno dos mesmos aos seus respectivos leitos.
A Saúde ressaltou que todas as unidades sob sua gestão são dedetizadas regularmente, e que situações como a ocorrida no HGP são atípicas e fomentadas por restos de comida descartada por pacientes e acompanhantes em local inadequado, culminando com o aumento da quantidade de pombos.
“Rotineiramente, as equipes locais orientam pacientes e visitantes quanto ao risco de alimentar esses animais“, afirmou a Saúde.
Fonte: AF Noticias