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Inflação desacelera e atrai novos olhares para o mercado imobiliário

IGP-M registra menor taxa no acumulado de 12 meses desde fevereiro de 2018

O primeiro quadrimestre de 2023 fechou com boa notícia para quem esperava pela melhor hora para investir na compra de um lote. Isso porque o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usado para reajustar grande parte das taxas contratuais do setor imobiliário, atingiu o menor patamar no acumulado de 12 meses desde fevereiro de 2018.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador caiu 0,95% em abril. Com o resultado, o índice acumula taxa de -0,75% no ano de 2023 e de -2,17% em 12 meses. Para se ter uma ideia da melhora em relação ao ano anterior, em abril de 2022, por exemplo, o IGP-M tinha avançado 1,41%, com alta acumulada de 14,66% em 12 meses. Uma diferença enorme e que pode ter pesado bastante no bolso de quem pagava por um financiamento.

Tendo como base o início de ano com taxas mais baixas, o Presidente da Associação das Empresas Loteadoras do Tocantins (AELO-TO), Pablo Castelhano, se diz otimista com o mercado. “Quando você compra um terreno a prazo, o financiamento é reajustado em cima da taxa de juros pré-fixada no contrato somada à inflação. Ou seja, quando o IGP-M está em alta, o reajuste das parcelas tende a ser maior e isso desmotiva o comprador. Como o ano começou com desaceleração do índice, a gente prevê um aquecimento na procura por lotes”, explica o presidente.

No Tocantins, o diretor da Buriti Empreendimentos, Adriano Lacerda, concorda que os juros são sempre o maior medo de quem pensa em comprar um terreno. A empresa tem 19 anos de atuação e está presente em outros 18 estados. “Poucas pessoas conseguem pagar pelo sonho do lote próprio à vista e quando o IGP-M registra queda, os compradores têm mais confiança na hora de fechar negócio porque sabem que o valor das parcelas não vai ficar tão alto”, conta o diretor.

Fonte: AF Noticias