IstoÉ diz que PT expulsará Raul após eleições e que “farra do dinheiro público alcançou o coração do Palácio Araguaia”
A revista IstoÉ desta semana cita o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), o governador Siqueira Campos (PSDB) e o secretário estadual de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, como supostamente envolvidos no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.
A revista lembra do vídeo em que Raul é flagrado negociando apoio de Cachoeira à sua campanha eleitoral de 2004. Conforme IstoÉ, agora o PT só espera o fim das eleições municipais deste ano para expulsar Raul da legenda “sem alarde”.
“Mas a farra com o dinheiro público atravessou os limites municipais e alcançou o coração do Palácio Araguaia”, diz a revista. Conforme Istoé, “agora, espera-se que o governador tucano Siqueira Campos e seu filho, o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, sejam convocados a dar explicações [à CPMI do Cachoeira] sobre a relações com o contraventor”.
A revista diz que, segundo a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o empresário Rossine Aires Guimarães, “importante parceiro de negócios de Cachoeira”, foi o maior doador da campanha de Siqueira em 2010 – ele doou R$ 3 milhões, e somente depois das eleições. “Em troca, o grupo do bicheiro teria sido favorecido com contratação da Delta por R$ 14,7 milhões, sem licitação”, afirma IstoÉ.
O governo Siqueira Campos tem se defendido afirmando ter pago apenas R$ 1,3 milhões desse contrato com a Delta, que também é questionado pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Dois requerimentos pedem a convocação do governador Siqueira Campos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), um de autoria do deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e outro do deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
No dia do depoimento de Raul, na terça-feira, 10, o vice-presidente da CPMI, deputado Texeira (PT-SP), disse que Siqueira deverá ser convocado para depor. “O governador do Tocantins deverá ser convocado porque todas as relações que conduziram ao prefeito de Palmas conduzem igualmente ao governador”, declarou Paulo Teixeira ao UOL.
Outros dois também pedem a convocação de Eduardo, um de Picciani e outro do senador do Amapá Randolfe Rodrigues (PSOL).
(CleberToledo)