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Jornalista e ativista negra do Tocantins é selecionada para atuar na defesa das minorias

A jornalista tocantinense Dandara Barbosa foi a única participante do Tocantins a ser selecionada no Edital Caminhos, uma iniciativa da Fundação Setubal que tem como objetivo fortalecer a trajetória de lideranças negras que tenham nascido e ou vivido em periferias urbanas de todo país.

Nesta primeira edição, o Edital Caminhos, selecionou 30 lideranças negras que receberão aporte financeiro de até R$ 15 mil para serem investidos no aprimoramento das competências e habilidades pessoais dos participantes para revigorar e fortalecer suas atuações sociais, políticas e profissionais.

O valor da premiação poderá ser investido em atividades formativas diversas, como: cursos de idiomas, cursos de pós-graduação (MBA, especialização e extensão), participação em intercâmbios, congressos e seminários; cursos livres que abordem temáticas relacionadas à consolidação da democracia e à superação das desigualdades, dentre outras.

Em entrevista ao AF Notícias, a jornalista e ativista engajada na causa dos Direitos Humanos falou sobre a importância do projeto e como pretende investir a premiação para aprimorar suas habilidades profissionais.

“Fique interessada em participar do edital para investir a premiação para aprimorar o meu lado profissional como jornalista. Sou engajada na causa dos Direitos Humanos, especialmente nas questões raciais. Vi nesse projeto uma grande oportunidade de realizar um dos meus sonhos de infância: fazer um intercâmbio na América Latina”, declarou.

Intercâmbio

A jornalista afirmou que pretende desenvolver o seu espanhol para atuar futuramente em organizações internacionais.

“Sempre acompanho processos seletivos para trabalhar em organizações internacionais que defendem os Direitos Humanos. Neste edital apresentei um projeto para poder fazer um intercâmbio no México, na área de comunicação”, afirmou.

Periferia e Ativismo

Para a ativista, um dos pontos fortes do edital é o foco nos participantes que tem sua origens nas periferias urbanas.

“Eu vim da periferia. Sou de família humilde. Morava no Jardim Aureny I, região sul de Palmas. Formei-me em jornalismo na Universidade Federal do Tocantins e sempre pautei minhas atividades no sentido de lutar pelo direito das minorias, defendendo o direito das mulheres, da população negra e dos indígenas. E isso me motivou a seguir esse caminho, pois esses temas precisam de visibilidade na mídia”, pontuou.

“Quero atuar no ativismo, na comunicação junto a essas minorias e quem sabe chegar até uma organização internacional. Acredito que a experiência deste intercâmbio poderá ser bastante enriquecedora para meus planos”, lembrou.

Comunicação

A comunicadora crê no jornalismo como ferramenta de luta e de transformação social e vê no voluntariado a chave para desenvolver um trabalho social voltado para a população menos favorecida.

“A comunicação é uma ferramenta de luta. Atuando na minha profissão eu posso contribuir bastante com a luta de movimentos sociais e organizações sociais de forma voluntária. Através desse projeto poderei angariar experiência para atuar como jornalista”, concluiu.

Fonte: AF Noticias