DestaqueEstado

Justiça decreta prisão preventiva de família acusada de assassinar idoso a pauladas em Ananás

A Justiça decretou a prisão preventiva de três pessoas de uma mesma família, acusadas de assassinar a pauladas o aposentado Rafael Oliveira, de 62 anos, na cidade de Ananás, norte do estado. A decisão ainda determina a apreensão de um adolescente, e ordena busca e apreensão na residência dos investigados. Todos já são considerados foragidos da Justiça.

O principal suspeito do crime é o empresário Ronilsom Ferreira de Sousa, dono de uma panificadora. Segundo a Polícia Civil, ele contou com a ajuda da esposa, Gisllainny Silva Santos, da sogra Maria da Paz Silva (mãe de Gisllainy) e de um adolescente (filho de Gisllainy).

O crime chocou a cidade de Ananás pela brutalidade. O aposentado Rafael Oliveira era portador de esquizofrenia e estava em surto quando foi espancado com pedaços de madeira e uma cadeira. Em seguida, o idoso foi abandonado com poucos sinais vitais, aprofundamento no crânio devido aos golpes na cabeça e morreu após dar entrada no hospital.

Vídeos divulgados pelo AF Notícias mostram o empresário seguindo o idoso que estava andando pelado no meio da rua e completamente desorientado durante a madrugada. Após o crime, o empresário Ronilson Ferreira retorna caminhando e afirma: “Ele apanhou de doido agora, só dei duas ripas na cara dele”.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, existem provas e indícios suficientes da autoria dos envolvidos, seja por meio de câmeras de segurança, fotografia, exame pericial cadavérico e depoimentos de testemunhas.

Rafael de Oliveira estava sofrendo um surto psiquiátrico no dia 30 de novembro. Ele ateou fogo em tapetes da panificadora e no seu próprio corpo, causando queimaduras graves.

Participação dos envolvidos

Conforme a polícia, os acusados teriam articulado a morte do idoso por vingança. O empresário juntamente com o adolescente utilizaram pedaços de madeira para agredi-lo, resultando em lesões graves que levaram ao óbito por choque neurogênico. Maria da Paz e Gisllainny deram suporte, direta ou indiretamente aos agressores.

Após o homicídio, os envolvidos buscaram encobrir evidências e dificultar a investigação policial. Ronilson descartou a cadeira utilizada no crime. Gisllainny monitorava o local utilizando uma motocicleta, e Maria da Paz orientava o menor.

Durante os interrogatórios da Polícia Civil, os investigados optaram pelo silêncio, com exceção de Maria da Paz, que negou envolvimento direto no homicídio. Contudo, em determinado momento, afirmou que foi Gisllainny quem convocou o menor para auxiliar nos atos contra a vítima, admitindo que permitiu a participação do adolescente e acompanhou os acontecimentos, sem tomar qualquer providência para evitar o crime ou impedir a ocultação das provas.

Segundo a polícia, os vídeos e relatórios policiais evidenciam a participação ativa de todos os membros do grupo, evidenciando o planejamento e execução conjunta do crime, bem como os esforços para obstruir a investigação.

Aposentado Rafael Oliveira, de 62 anos, morto a pauladas

Local onde a vítima foi atacada

Fonte: AF Noticias