Kátia Abreu e Bolsonaro, relação de amor e ódio: ‘não torço contra, mas não digo amém a tudo’
Depois de votar favorável à reforma da previdência e em seguida comemorar a derrota do governo quanto à tentativa de mudar as regras do abono salarial, que beneficia trabalhadores de baixa renda, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) explicou seu posicionamento e comentou o papel de oposição.
Em conversa com o AF Notícias nesta quinta-feira (3), a parlamentar deixou claro que não torce contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“A reforma é necessária. Sou oposição, mas não sou empresa de demolição. Não torço contra o Bolsonaro, pois se ele der errado, a situação do país vai piorar. Isso não significa que tenho que dizer ‘amém’ para tudo que ele diz. Não havia hipótese de votar contra o abono salarial. É uma questão de justiça”, comentou.
Apesar de ser favorável à reforma, Kátia Abreu se manifestou contrária a vários pontos da proposta do governo. “Não aceitei tratamento igual para os trabalhadores rurais, não aceitei a indiferença para as mulheres e professores, como também não aceitei reduzir o salário do BPC (Benefício de Prestação Continuada). As pessoas tem que ter pragmatismo, porém não podemos perder de vista a dimensão humana que é primordial e fundamental”, argumentou.
A ex-ministra da Agricultura no governo Dilma, que preside o PDT no Tocantins, contrariou a orientação do partido e foi a única representante da sigla no Senado Federal a votar favorável à reforma, mesmo discordando de alguns destaques. A desobediência pode ter reflexos dentro do partido, como ocorreu com os deputados federais do PDT que foram punidos por terem sido favoráveis.
Fonte: AF Noticias