Kátia Abreu e Mourão discutem parcerias comerciais com a China e desmatamento ilegal
A senadora tocantinense Kátia Abreu (PP) reuniu-se nesta quarta-feira (28) com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, para tratar da 6ª edição da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), prevista para o segundo semestre deste ano.
Como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia apresentou também ao general, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), o projeto de lei de sua autoria que antecipa para 2025 as metas de redução do desmatamento no Brasil.
A COSBAN é presidida pelos vice-presidentes do Brasil e da China, Hamilton Mourão e Wang Qishan, respectivamente, e tem o propósito de promover a parceria estratégica Brasil-China, em suas vertentes econômico-comercial, tecnológica e de cooperação para o desenvolvimento.
Segundo Kátia Abreu, o Brasil fornece 4% de todas as importações chinesas. No segmento agropecuário, o carro-chefe brasileiro, a fatia de mercado sobe para 23% de tudo que é importado pelo país asiático.
“Temos a oportunidade de usar a COSBAN para ampliar esses percentuais, porque a China pretende, nos próximos dez anos, ter um crescimento de 25 trilhões de dólares em suas importações”, afirmou Kátia Abreu. “Em relação a alimentos, o investimento não é alto. No segmento de carnes, precisamos apenas ampliar o número de plantas frigoríficas autorizadas a exportar para a China”, acrescentou a senadora, que ainda destacou o potencial de ampliação de vendas de produtos como frutas tropicais, chocolates finos e café.
Hamilton Mourão convidou Kátia Abreu a participar do próximo encontro preparatório brasileiro para a 6ª edição da COSBAN, a realizar-se em junho, bem como da reunião de cúpula do mecanismo bilateral, marcada para o segundo semestre.
DESMATAMENTO ILEGAL
Kátia Abreu apresentou ao vice-presidente da República o Projeto de Lei 1539/2021, de sua autoria, que antecipa para 2025 a meta de redução de 43% das emissões de gases de efeito estufa e o fim do desmatamento ilegal. A proposta que o presidente brasileiro apresentou à Cúpula do Clima, no último dia 22, prevê tais metas apenas para o ano de 2030.
“Como 40% das emissões brasileiras têm origem no desmatamento, é mais fácil e barato para o Brasil cumprir a meta de redução do que para outras nações que precisarão mudar boa parte de sua matriz energética”, ponderou a senadora.
Mourão destacou que o desmatamento ilegal no Brasil está concentrado em apenas onze municípios. O principal desafio para uma atuação mais efetiva de comando e controle estaria no acesso das equipes de fiscalização aos focos de ação criminosa. Atento a essa problemática, o Plano Amazônia 2021-2022, elaborado pela equipe de Mourão, prevê a distribuição de vinte bases de prevenção ao desmatamento no território, devidamente equipadas para propiciar aos agentes de fiscalização a logística adequada.
Fonte: AF Noticias