Laudo não aponta causa de possível intoxicação alimentar em 68 crianças de Araguaína; amostras do bolo foram descartadas
Familiares dos 68 alunos da Escola Estadual Jardim Paulista que foram encaminhados ao Hospital com suspeitas de intoxicação alimentar proveniente da merenda escolar jamais saberão o que realmente provocou o surto. O fato ocorreu há dois meses em Araguaína.
Essa foi a conclusão da Coordenadora de Vigilância Sanitária de Araguaína, Mariana Pereira Parente, após receber o resultado do laudo pericial na última quinta-feira, 02, e descobrir que houve um “erro” na realização de um dos exames e que a amostra coletada já foi descartada.
A Vigilância Sanitária encaminhou amostra do bolo coletado ao Laboratório Lacen (Laboratório Central) em Palmas no dia 31 de maio, solicitando a realização das analises bacteriológica (intoxicação alimentar) e a química (intoxicação por reagente químico).
Outra análise
Conforme a documentação, a análise que identificaria a causa de intoxicação por alimentos, realizada pelo Lacen, foi negativa, mas sugeriu a “possível presença de substância química como agente causador dos sinais e sintomas relatados.” O laboratório solicitou a realização do exame físico-químico, e a amostra foi encaminhada ao Laboratório IOM/FUNED, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Sem solução
Porém, segundo a Vigilância Sanitária de Araguaína, o laboratório mineiro não fez a análise solicitada, mas sim outra que não identificaria a causa do surto de intoxicação nos alunos de Araguaína. “Infelizmente um caso que atingiu tantas crianças fica sem solução,” lamentou a coordenadora da Vigilância Sanitária, Mariana Parente, ao comentar o resultado do laudo.
A reportagem tentou contato com o Laboratório IOM/FUNED (Instituto Octávio Magalhães/Fundação Ezequias Dias) para saber o motivo da análise químico-física não ser realizada e o por que a amostra do bolo foi descartada, mas não conseguiu.
O fato
Na manhã do dia 28 de maio, cerca de 68 crianças foram conduzidas à Unidade de Pronto Atendimento(UPA) e ao Hospital Regional de Araguaína após comerem um bolo na merenda escolar servida no Colégio Estadual Jardim Paulista. Os estudantes apresentavam sintomas de intoxicação alimentar como vômito, dores de cabeça e estomacais. Na época a Secretaria de Educação afastou e dias depois exonerou a diretora do Colégio, Ana Amândia.
(Portal Arnaldo Filho)