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Lázaro Botelho pede afastamento do Conselho de Ética da Câmara e da CPI da Petrobras

20120422230751_lazaro_botelhoO deputado federal Lázaro Botelho (PP) pediu na tarde desta terça-feira, 10, seu afastamento do Conselho de Ética da Câmara Federal e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O afastamento se deve ao fato de Lázaro ter sido incluído da lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de abertura de inquéritos para investigar pessoas citadas em depoimentos na Operação Lava Jato.

Inicialmente, Lázaro afirmou que não via motivo para se afastar da CPI e da comissão, contudo, reavaliou que sua presença poderia expor os dois colegiados e até atrapalhar o andamento dos trabalhos.

Assim, o parlamentar tocantinense preferiu se afastar, apesar de, segundo sua assessoria, deputados terem se solidarizado e defendido a sua permanência.

Lázaro Botelho e Sandes Júnior foram os dois nomes do PP, na CPI da Petrobras, incluídos na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Lázaro não compareceu à sessão desta terça, na qual a comissão ouviu o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.

Segundo a assessoria do deputado, seu partido, o PP, com maior número de membros na relação da Lava Jato, aceitou o afastamento desde que ele retorne aos colegiados, no caso de arquivamento da denúncia.

No lugar de Botelho e Júnior, a bancada do PP indicou para a CPI da Petrobras os deputados Beto Rosado (RN) e Covatti Filho (RS), cujo pai, Vilson Covatti (RS), também está na lista.

Segundo o doleiro Alberto Youssef, Lázaro estaria entre o grupo de parlamentares que recebiam entre R$ 30 mil a R$ 150 mil por mês.

SURPRESO

Em nota de sua assessoria de comunicação, no sábado, 7, Lázaro afirmou ter ficado “surpreso” com a inclusão de seu nome na lista. “O deputado vem a público informar que está absolutamente tranquilo e que vai buscar mais informações para se posicionar melhor sobre o assunto”, afirmou a nota.

A assessoria do parlamentar ainda destacou que a lista é “um pedido inicial de apuração” e que Lázaro “confia na Justiça brasileira e tem a certeza de que será provado de que ele não tem nenhum envolvimento com o fato que esta sendo apurado”.

(Cleber Toledo)