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Manifestantes cobram pagamento da coligação “A Mudança que a Gente Vê”

Foto300x244O comitê da coligação “A Mudança que a Gente Vê” em Araguaína foi alvo de protestos por parte de cabos eleitoras contratados pelo grupo governista. Os manifestantes cobram o pagamento que estaria previsto para realizado nesta sexta-feira, 3. A avenida Cônego João Lima chegou a ser interditada.

Segundo a manifestante Sara Janny, que teria sido contratada pela postulante à Assembleia Legislativa Edilandia Matos (PSB), no protesto há pessoas que trabalharam para diversos candidatos, citando os nomes da ex-prefeita de Araguaína Valerez Castelo Branco (PP), do deputado estadual Jorge Frederico (SD), que tentam vaga no Legislativo estadual; e do vereador Marcus Marcelo (PR), que busca uma cadeira na Câmara Federal. “A gente está no meio da rua procurando justiça, porque até agora a gente não recebeu”, reclamou.

Sara Janny contou que cerca de 2 mil pessoas protestaram para receber dos candidatos da coligação “A Mudança que a Gente Vê” e que o pagamento estava marcado para ser realizado nesta sexta-feira. “A gente veio para receber, estava confirmado para recebermos hoje [sexta], e até agora ninguém pagou”, afirmou a manifestante, acrescentando que inicialmente receberia R$ 750 da candidata Edilandia Matos, mas o valor teria sido reduzido para R$ 400, por serviços prestados durante todo o período eleitoral.

A manifestante disse ainda que lhe informaram que o pagamento seria realizado na segunda-feira, 6, mas Sara Janny questionou: “Será que alguém vai pagar alguém depois de ter ganhado ou perdido?”.

Conta é da majoritária
Marcus Marcelo disse que a contratação foi feita pela majoritária através dos candidatos proporcionais. “Contrataram gente ligada aos candidatos proporcionais, mas sob a responsabilidade financeira da majoritária. Assim, a dívida é da majoritária, não dos candidatos proporcionais”, afirmou Marcelo.

Ele contou que não há nenhum protesto em seu comitê. “Já conversei com meu pessoal que se a majoritária não os pagar, eu mesmo pagarei, por isso, meu comitê está aberto, funcionando normalmente, sem nenhum problema”, garantiu o candidato republicano. Marcelo disse também que esta é a mesma situação dos demais candidatos a deputado citados pelos manifestantes. “Posso falar em nome de todos eles. Todos enviaram pessoas para a majoritária contratar, e, realmente, não foi pago, mas pela majoritária, não tem nada a ver com os candidatos”, assegurou.

O deputado Jorge Frederico garantiu que entre os manifestantes não havia nenhuma pessoa contratada por sua campanha. “Estou com os pagamentos em dia”, disse. Ele confirmou que as contratações dos manifestantes foram feitas via majoritária.

Valderez
A assessoria de imprensa de Valderez Castelo Branco informou que o pagamento de cabos eleitorais está sendo realizado nesta sexta-feira e informa que devido ao processo burocrático e à greve dos bancários, há a possibilidade de algumas pessoas serem pagas apenas neste sábado, 4.

Coligação
Em nota enviada ao CT, a coligação “A Mudança que a Gente Vê” afirma que “todos os colaboradores contratados já foram pagos” e atribui a manifestação aos “adversários”. “O tumulto ocorreu insuflado por adversários com o objetivo de desestabilizar a campanha vitoriosa de Sandoval Cardoso em Araguaína”, diz o documento.

A coligação governista ainda defende que nenhum dos manifestantes “apresentou contrato formal”. “Comprova que a intenção era só criar um factoide em véspera de eleição”, diz a nota. Por fim, “A Mudança que a Gente Vê” afirma que a documentação referente a contratos e pagamentos constarão da prestação de contas.

Confira a íntegra da nota:

Nota Oficial

Sobre os protestos de supostos cabos eleitorais em Araguaína, a coligação “A mudança que a gente vê” informa que todos os colaboradores contratados pela coligação majoritária já foram pagos em dias anteriores.

O tumulto ocorreu insuflado por adversários com o objetivo de desestabilizar a campanha vitoriosa de Sandoval Cardoso em Araguaína. Nenhum dos manifestantes apresentou contrato formal com a coligação, o que comprova que a intenção era só criar um factoide em véspera de eleição. Toda a documentação referente a esses contratos e pagamentos constará na prestação de contas oficial da coligação. ”

(Cleber Toledo)