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Mapa interativo mostra área da sua cidade há 600 milhões de anos

Há 600 milhões de anos, todos os continentes do planeta formavam uma massa única de terra, que depois começou a se separar.

Você já imaginou como era o pedaço de terra onde hoje fica o Brasil antes dos continentes se separarem? E onde ficava sua cidade?

Um mapa feito por paleontólogos que perceberam que essa curiosidade é bem comum foi disponibilizado online e permite ver o desenvolvimento do planeta ao longo de diversas eras geológicas.

Então se você mora em, digamos, Teixeira de Freitas, no interior da Bahia, é possível colocar o nome da cidade na barra de busca e acompanhar o desenvolvimento geológico da região onde hoje fica a cidade ao longo de milhares e milhares de anos, conforme os continentes foram se separando.

Uma barra de opções permite que você veja como era a Terra em diversos momentos do seu desenvolvimento geológico a partir de 750 milhões de anos atrás até os dias de hoje. E, ao colocar o nome de sua cidade, você consegue ver o ponto onde ela se encontrava ao longo dessas enormes mudanças do planeta.

A configuração dos continentes nem sempre foi como é hoje — Foto: Nasa/AFP

A configuração dos continentes nem sempre foi como é hoje — Foto: Nasa/AFP

O mapa mostra, por exemplo, que há 260 milhões de anos os continentes já haviam começado a se separar, mas o local onde hoje fica a cidade do Rio de Janeiro ficava no meio de uma grande massa de terra, longe do mar.

Nessa época — o fim do período permiano — a Terra estava perto da maior extinção em massa da história, que varreu do planeta cerca de 90% das espécies.

Informações como essa estão disponíveis no mapa para cada uma das eras geológicas mostradas.

Terra em Transe

 

A ferramenta interativa foi criada por Ian Webster, um engenheiro que é ex-funcionário do Google, usando os mapas paleontológicos desenvolvimentos pelo geólogo Christopher Scotese.

Webster criou a ferramenta, que você encontra no site Dinosaur Database como uma forma de ajudar as pessoas a aprenderem mais sobre o planeta em que vivemos e entenderem conceitos como o movimento das placas tectônicas (grandes massas de rocha que flutuam sobre o magma e onde os continentes estão localizados).

Os dados científicos são disponibilizados de uma forma que é simples de usar tanto para professores e alunos quanto para qualquer pessoa curiosa pela história do planeta.

“O mapa mostra que o nosso ambiente é dinâmico e pode mudar”, disse Webster ao canal de notícias americano CNN.

“A história da Terra é mais longa do que podemos conceber, e o arranjo atual das placas tectônicas e dos continentes é um acidente do tempo. Será muito diferente no futuro, e a Terra pode durar mais que todos nós”, afirmou.

Fonte: G1 Ciência e Saúde.