Marido de professora Heid Ayres é indiciado por homicídio qualificado
O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), João Sérgio Kenupp, concluiu nesta quinta-feira, 26, o inquérito que apurava a morte da professora Heidy Aires Leite Moreira, 34 anos. De acordo com as investigações, a professora teria sido assassinada, a golpes de faca, pelo próprio marido, o contador Allan Moreira Borges, 37 anos, o qual foi indiciado por homicídio qualificado.
Heid Ayres, que também era coordenadora da Escola Municipal de Tempo Integral Padre Josimo Tavares, foi encontrada morta no dia 6 de dezembro de 2014, por volta das 22 horas, em sua residência localizada na Quadra 1.204 Sul, em Palmas.
Segundo apontaram as investigações, Allan planejou o crime, nos mínimos detalhes, inclusive deixando seu aparelho celular em Gurupi, enquanto se deslocava para Palmas a fim de cometer o assassinato. Ao chegar à Capital na noite do dia 5 de dezembro de 2014, ele montou uma vigília na frente da casa da esposa e esperou outro indivíduo sair da residência para que adentrasse e cometesse o crime.
Após desferir quatro golpes de faca, que atingiram o pescoço e o tórax da vítima, o acusado tomou banho na suíte do quarto do casal, onde posteriormente foram encontrados vestígios de sangue no ralo, bem como, no registro do chuveiro.
“Há várias contradições nas declarações prestadas pelo marido da vítima e, após uma minuciosa investigação, a equipe da DHPP, conseguiu encontrar muitos pontos conflitantes e que não se encaixavam nos relatos fornecidos por Allan e, desta forma, conseguimos estabelecer uma linha investigativa que o aponta como o autor do homicídio” enfatizou o delegado.
Segundo Kenupp, as provas colhidas durante a investigação são mais do que suficientes para determinar a autoria do crime. “Embora o Allan não tenha colaborado com as investigações, se recusado a fornecer material genético para exames periciais, além de não conseguir explicar a origem de lesões que o mesmo tinha pelo corpo, poucos dias depois do crime, há provas suficientes para indiciá-lo por homicídio qualificado” ressaltou o delegado.
O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPE), que decidirá se oferece denúncia contra Allan Moreira Borges.
(Cleber Toledo)