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Médico que se formou no Tocantins é preso no Rio de Janeiro por abusar de paciente em exame

O médico tocantinense Martinho Gomes de Souza Neto, 32 anos, foi preso em flagrante, na noite desta quarta-feira (1º de março), no Rio de Janeiro, depois que uma paciente acionou a polícia e denunciou que havia sido abusada sexualmente durante um exame.

O caso ocorreu por volta das 19h em uma clínica em Copacabana. Segundo a Polícia Civil, essa não é a primeira queixa de assédio contra o profissional.

Martinho Neto se formou em medicina pelo Instituto Presidente Antônio Carlos (Itpac), em Porto Nacional (TO), em 2016, e consta em seu currículo informações de que ele chegou a trabalhar na instituição. Ele também já atuou em Goiânia, Uruaçu (GO) e atualmente está no Rio de Janeiro, mas sua família mora no Tocantins.

A vítima do abuso, uma mulher de 26 anos, disse que procurou a clínica para fazer apenas uma mamografia. Contudo, o médico a induziu a realizar um exame ginecológico também, dizendo que “o procedimento sairia de graça”.

Conforme a denunciante, durante o exame, o médico disse que havia identificado “um cisto”, mas alegou que não estava enxergando um dos ovários e que, para conseguir visualizá-lo, a paciente precisaria se estimular sexualmente.

A mulher obedeceu, mas o radiologista dizia que ela “estava se tocando de forma errada” e falou que ele mesmo poderia fazer a estimulação. A paciente contou que, confiando no especialista, permitiu, mas percebeu que ele estava sem luvas.

Naquele momento, o médico perguntou “se ela estava gostando” e colocou uma cadeira atrás da porta.

Uma das recepcionistas tentou entrar no consultório. A paciente, notando que havia alguém do lado de fora, quis sair, mas o médico a segurou pelo braço.

A recepcionista bateu novamente à porta, o médico abriu, e a paciente tentou fazer contato visual com ela, mas não foi notada. A jovem ainda digitou no celular “acho que ele abusou de mim” e mostrou para a recepcionista, mas ela “não esboçou reação”.

Martinho a chamou novamente para a sala, dizendo que precisaria lhe entregar os exames. Ela negou e conseguiu escapar até a recepção, onde um amigo a aguardava. A vítima pediu que ele a acompanhasse até uma delegacia.

Martinho ainda disse para que “as coisas fossem resolvidas ali mesmo”, mas ela foi até 12ª DP (Copacabana), onde relatou o caso.

O médico foi ouvido, na companhia de um advogado, e negou o abuso e disse que a conduta era padrão nesse tipo de exame. Ele foi preso em flagrante, e o delegado plantonista representou pela prisão preventiva, que será analisada pela Justiça na audiência de custódia.

O radiologista vai responder por importunação sexual mediante fraude. Martinho tem uma passagem na polícia por importunação sexual contra uma mulher que também teria sido abusada sexualmente dentro de uma clínica. O caso teria acontecido em 21 de setembro de 2020.

A vítima, que é uma brasileira que mora nos Estados Unidos, passa uma temporada no país. Ela foi levada pelos policiais para o Instituto Médico-Legal (IML) e passou por exame de corpo de delito.

(Com informações do G1)

Fonte: AF Noticias