‘Melhorou a relação’, diz homem após atropelar a mulher sem saber no TO

O gerente de produção Rone Lima Silva, de 33 anos, que atropelou a própria mulher sem saber quem era, disse que pensou que a tinha matado após reconhecer as roupas dela. “Na hora eu gritei ‘matei minha mulher, matei minha mulher'”. O acidente aconteceu na última sexta-feira (26) em Araguaína, norte do Tocantins. Rone conduzia um caminhão quando colidiu contra a motocicleta de Ana Paula Silva, de 27 anos.

Rone contou que no dia do acidente seguia em direção ao setor Barros para resolver uma demanda do trabalho. A mulher dele também estava indo trabalhar. O detalhe é que o pai de Ana Paula era carona no caminhão e presenciou o acidente. “O meu sogro estava ao meu lado. Ao chegar em um cruzamento, ele me disse ‘olhe, vai entrar uma menina na sua frente’. Eu tentei frear, mas não consegui evitar a batida”, disse o gerente de produção.

O pai de Ana Paula ainda não tinha reconhecido a filha. Mas Rone viu o uniforme, reconheceu a mulher e pensou no pior ao vê-la caída. “Na hora fiquei com medo, ela demorou uns 15 minutos para acordar”.

O motorista disse que a mulher não se lembra do que aconteceu, mas ficou impressionada ao ouvir a história. Ana Paula foi levada para o Hospital Regional de Araguaína e liberada no mesmo dia. “Ela está bem, não quebrou nada, está em casa se recuperando. Não vou deixar tão cedo ela andar de moto. Comigo ela deu sorte porque eu estava devagar”.

Apesar do susto, Rone disse que o acidente ajudou a melhorar a relação. “Não prejudicou, até melhorou porque agora eu estou cuidando mais dela”, brincou o gerente de produção. Rone e Ana Paula são casados há 11 anos. Eles são de Porto Nacional, município a 66 km de Palmas, mas moram em Araguaína há nove anos.

Entenda
Segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu porque a motocicleta avançou em um cruzamento na BR-153. No momento, Rone não sabia que a condutora da moto era a própria esposa dele. Ana Paula recebeu os primeiros socorros no local do acidente e foi encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Regional de Araguaína.

(G1)