Ministro critica maus gestores e alerta: ‘só eu mandei para o TCU quase 700 prefeitos’
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte, participaram de um evento em Araguaína nesta segunda-feira (27/9) promovido pela Bancada Federal do Tocantins voltado para prefeitos e gestores da área de todo o estado.
Milton Ribeiro afirmou que o foco é a retomada de obras paralisadas na Educação e fez um alerta aos gestores de recursos públicos.
O ministro disse que assumir a pasta encontrou quatro mil obras paradas em todo o país, apenas na Educação. “Sentei com o Marcelo (presidente do FNDE) e pedi a ele: Marcelo, de agora em diante não vamos construir mais nada enquanto não terminarmos essas obras”, ressaltou.
Milton Ribeiro revelou que descobriu um esquema no qual “maus gestores” faziam contratos com empreiteiras que davam um preço muito abaixo do custo e que sabiam que não conseguiriam concluir a obra.
“Eles sabem que não vão conseguir concluir aquela obra, mas tem interesse no contrato, na assinatura, nas primeiras parcelas, e ali, então, o que não é republicano, acontece. E, por isso, depois as empreiteiras quebram e não tem como terminar essas obras”, afirmou o ministro, dizendo na sequência que em um ano e três meses já foram finalizadas 3.500 obras no Brasil.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Com relação à prestação de contas dos convênios, o ministro foi bastante enfático quanto aos recursos da Educação. “Eu digo isso com uma alegria ‘mórbida’. Somente eu mandei para o TCU quase 700 prefeitos neste ano. Então os senhores fiquem bem atentos comigo. Pareço que sou bom, mas não sou tão bom assim”, afirmou. “É muito bom pegar o dinheiro aqui, mas cuidado com a prestação de contas”, completou.
RECURSOS PARA O TOCANTINS
Já no final do seu pronunciamento, Milton Ribeiro destacou os recursos repassados para o Tocantins. “O governo Bolsonaro mandou de alimentação, pelo PNAD, R$ 122 milhões; entregamos 42 obras; do Fundeb, só esse ano, enviamos para os municípios R$ 235 milhões, cerca de 600 ônibus escolares”, declarou.
“Pandemia: os protagonistas foram os médicos, profissionais da saúde e os hospitais. Pós-pandemia: os protagonistas serão os professores, os profissionais da educação e as escolas”, finalizou o ministro.
Fonte: AF Noticias