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Mulher denuncia golpe e diz que criminosos receberam parcela do auxílio emergencial no lugar dela

Uma moradora de Palmas denunciou à polícia que não conseguiu sacar uma das parcelas do auxílio emergencial porque golpistas teriam encontrado uma forma de receber o dinheiro antes. Ela fez um boletim de ocorrência digital e foi ao banco para contestar o pagamento. Um documento mostra que o dinheiro foi usado pra pagar um boleto no dia 5 de junho.

A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que essa era a segunda parcela do benefício. “A Caixa informou para entrar com procedimento e procurar a polícia para ver o que que tinha acontecido. Eles me constataram que não houve fraude. E o que quer dizer com isso, que eu recebi o dinheiro? Eu não recebi até hoje”, afirma.

O superintendente da Caixa Econômica no Tocantins alertou para a importância de usar somente os canais oficiais do banco. “A Caixa não manda Whatsapp, a caixa não manda e-mail. Então, é importante que as pessoas utilizem os canais oficiais. Uma vez verificado qualquer irregularidade na conta o interessado deve procurar uma agência da Caixa para fazer a checagem. Uma vez verificado se realmente foi feita uma movimentação fraldada, a Caixa tem uma movimentação direta com a Polícia Federal e vão ser tomadas todas as providências necessárias”, explicou Cristian Freitas.

Não é apenas esse tipo de fraude que vêm sendo constatada no auxílio emergencial. Um levantamento da Controladoria Geral da União em parceria com o Tribunal de Contas do Estado identificou 4.112 servidores que receberam de forma irregular o auxílio emergencial. Pelo menos 500 deles fizeram a solicitação pelo aplicativo da Caixa Econômica, omitindo a informação de que trabalham para o serviço público.

Mulher denunciou que golpista teria sacado uma parcela de seu auxílio emergencial  — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Mulher denunciou que golpista teria sacado uma parcela de seu auxílio emergencial — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O delegado Helano Medeiros Lima, da Polícia Federal, explicou como é feita a investigação. “Todos os dados que nós precisaremos estão com a Caixa Econômica, que vai fornecer à Polícia Federal, Nós vamos tentar chegar nesses grupos, essas organizações criminosas que estão especializadas em praticar esse tipo de crime”, disse.

Enquanto isso, quem realmente depende do dinheiro do auxílio emergencial para pagar as contas fica preocupado. “Eu preciso desse R$ 600 para colocar comida dentro de casa e pagar as minhas contas que eu estou com elas em atraso”, disse.

A Caixa Econômica Federal foi procurada para comentar o caso da vítima citada nessa reportagem, mas não respondeu. Porém, reforçou que sempre que recebe uma suspeita de fraude a Polícia Federal investiga o caso e caso seja confirmada a fraude, o dinheiro é devolvido.

Fonte: G1 Tocantins