Notícia do parcelamento do salário de dezembro de 2014 não agrada sindicatos e preocupa servidores
Os servidores públicos do Governo do Tocantins foram pegos de surpresa neste sábado, dia 3, com a notícia de que o salário do mês de dezembro de 2014 será parcelado nos quatro próximos meses, a partir do dia 20 de janeiro.
O Sisepe, Sindicato dos Servidores Públicos do Estado, já adiantou que, juntamente com os demais sindicatos, vão pedir empenho do governo para pagar o salário em parcela única. O sindicalista Claiton Pinheiro classificou como “absurda” a proposta de pagamento parcelado.
Ainda segundo Claiton Pinheiro, o Sisepe espera que o governo reveja a decisão, mas, caso contrário, os sindicatos vão definir em conjunto as medidas a serem adotadas. “Queremos saber cadê o dinheiro que foi bloqueado pela justiça e o repasse do FPE de dezembro que era para pagar a folha”, questionou.
Já os servidores temem que o parcelamento do salário provoque o desequilíbrio nas finanças pessoais e atrasos nos compromissos mensais. “Em janeiro temos a escola dos filhos, pagamentos de impostos como o IPTU e muitas pessoas estão voltando das férias contando com esse pagamento. Então será um desequilíbrio total. As contas vão atrasar e até o comércio vai sentir o impacto”, relatou um servidor, que preferiu não ser identificado.
Pagamentos suspensos
No dia 24 de dezembro de 2014 o desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Moura Filho, suspendeu qualquer pagamento do Governo do Estado aos fornecedores no final da atual gestão, atendendo pedido de Marcelo Miranda.
O desembargador determinou aos bancos oficiais (Caixa e BB) que fizessem o estorno aos cofres públicos de todos os pagamentos efetuados pelo Governo nos 7 dias anteriores à decisão, exceto o pagamento dos servidores públicos.
Repúdio ao ex-governador Sandoval Cardoso
Por meio de nota, o Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe-TO) repudiou a “situação de caos e insegurança administrativa” em que o ex-governador Sandoval Cardoso (SD) deixou o Estado do Tocantins, principalmente, ao deixar o cargo sem honrar com o pagamento dos servidores públicos estaduais, referente ao mês de Dezembro de 2014. “O não pagamento trouxe sérios transtornos aos servidores, já que todos têm seus compromissos mensais e suas contas a pagar”, disse o Sindicato.
Conforme o Sisepe, o ex-governador sequer empenhou a folha de dezembro e ainda repassou somente uma parte do valor das contribuições previdenciárias do Igeprev (Instituto de Previdência dos Servidores), dos meses de setembro, outubro e novembro, o que configura indício de crime de apropriação indébita previdenciária (artigo 168-A, Código Penal).
(AF Notícias)