“Novo Canário”, do Tocantins, recebeu R$ 1 milhão da Odebrecht Ambiental em 2014
O site “O Antagonista”, do ex-redator-chefe da Veja Mario Sabino e do ex-colunista da revista Diogo Mainardi, divulgou nesta segunda-feira, 27, três planilhas que teriam sido entregues à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo executivo Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental. O destaque da nota do veículo é a citação do apelido atribuído por delatores ao secretário-chefe da Presidência da República Moreira Franco (PMDB). Entretanto, nos documentos apresentados é possível constatar o “codinome” “Novo Canário”, do Tocantins.
De acordo com “O Antagonista”, as planilhas são originais do sistema Drousys, usado pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht . Nos documentos constam a obra que originou a propina, o código de requisição, codinome do beneficiário, data de entrega, valor, além de senha, indicação do entregador e o contato. Segundo os dados, o “Novo Canário” recebeu R$ 1 milhão no dia 3 de outubro de 2014, dois dias antes das eleições daquele ano. No campo que especifica a obra, apenas está anotado “Tocantins”. Ainda não há qualquer referência sobre quem pode ser. O site do jornal O Estado de São Paulo também repercutiu os novos apelidos.
Atuação
A Odebrecht Ambiental controla os serviços de tratamento, distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto do Estado desde 2012, quando passou a controlar a Companhia de Saneamento do Tocantins (Saneatins). A grupo perdeu o controle do negócio no final do ano passado, quando a gestora de fundos canadense Brookfield comprou 70% do setor ambiental do grupo Odebrecht por R$ 2,8 bilhões.
