Operação de guerra com snipers e 200 policiais põe fim à quadrilha dos ‘Pipocas’ no Tocantins
A saga da temida ‘Quadrilha dos Pipocas’, que aterrorizava o Estado do Ceará com assaltos e ataques a carros-fortes, chegou ao fim no Tocantins nesta quarta-feira (6), depois de uma megaoperação numa região de mata que durou duas semanas e envolveu cerca de 200 policiais de todas as Forças de Segurança e atiradores de elite.
Os assaltantes tinham armamento de grosso calibre, como fuzis AkK 47, e tentaram roubar um carro-forte próximo ao município de Pequizeiro, região central do Estado, no dia 24 de outubro. Eles também explodiram uma agência bancária na cidade e mataram um sargento da ROTAM Deusdete Américo Gama, de 53 anos, em troca de tiros.
Diante da fama criminosa e de extrema violência do bando, o Comando Geral da PM Tocantins montou uma megaoperação que reuniu 200 policiais de 18 unidades da PM, agentes da PF, PRF, Polícia Civil, 60 viaturas e helicópteros dos estados do Tocantins, Goiás e Pará.
Foi a maior operação de caçada a criminosos já realizada em uma região de mata na história do Tocantins. Nesta quinta-feira (7), o Comando Geral comunicou o encerramento da operação Hórus Divisa.
Durante o cerco, houve vários confrontos entre as forças policiais e os integrantes da quadrilha. Ao todo, seis integrantes da quadrilha foram mortos, inclusive os líderes, conhecidos como irmãos ‘pipoca’, Elineudo Oliveira Silva (Neudo Pipoca), 47 anos, e Edineudo Oliveira Silva, 45 anos.
Além deles, foram mortos também José Francisco Gomes de Lima, de 40 anos, e José Airton Ferreira Lima, 54 anos. Os outros dois ainda não foram identificados.
Foram apreendidos em poder da quadrilha três fuzis, duas pistolas, um revolver e cerca de 500 munições de vários calibres.