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Operação que apura uso de igreja e rádio para lavar R$ 6 bilhões cumpre mandado em Araguaína

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), deu apoio nesta terça-feira (30), à Operação Mamon, que identificou uma grande rede de lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas, dentre elas uma rádio e até uma igreja evangélica.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo um deles em Araguaína (TO). O Ministério Público não informou detalhes sobre quem foi o alvo na cidade, se algum empresário, laranja do esquema ou empresa.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Minas Gerais. Segundo a investigação, essa rede criminosa movimentou, em valores suspeitos, mais de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos.

De acordo com as investigações, que começaram há dois anos, os suspeitos abriam empresas, que não tinham funcionários e nem emitiam notas fiscais, para lavar o dinheiro. Uma dessas firmas de fachada, do setor de eletrônicos, movimentou R$ 80 milhões.

A apuração também identificou empresas que de fato funcionam, mas têm uma movimentação muito acima do esperado. É o caso de uma padaria, que fica em São Paulo e movimentou R$ 30 milhões.

A operação realizou o sequestro de veículos e valores em conta bancária, no valor de R$ 170 milhões. Na segunda fase, será analisado todo o material apreendido. A investigação também segue para descobrir a origem do dinheiro e até onde ele chegou.

‘Mamon’

Mamon é um termo de origem aramaica que significava, inicialmente, dinheiro, mas passou a representar também uma divindade síria ligada à riqueza. Depois, essa divindade foi lida pelos cristãos como um demônio que personificava o pecado capital da avareza e seria um dos sete príncipes do inferno.

Fonte: AF Noticias