Oposição barra empréstimo de R$ 10 milhões em cidade com menos de 6 mil habitantes
Um projeto de lei que autorizava a Prefeitura de Couto Magalhães (TO) a fazer um empréstimo milionário foi reprovado pela Câmara de Vereadores durante votação no último dia 1º de dezembro. A cidade tem cerca de 5,6 mil habitantes.
A operação de crédito no valor de R$ 10 milhões seria contratada junto à Caixa Econômica Federal pela gestão do prefeito Júlio César (DEM) para execução de obra de infraestrutura urbana e rural, segundo a proposta.
Durante a apreciação do projeto, os quatro vereadores da oposição, Antônio Eustáquio, Edilson de Oliveira, Feliomeno Pereira e José de Sousa, votaram contrários ao empréstimo. Já os cinco parlamentares da base do prefeito, Eliane Soares, Celma Dias, Ronaldo Almeida, Jeferson Pereira e Lindomar Gomes, votaram favoráveis.
Para aprovação, o projeto necessitava do voto favorável de 2/3 dos membros, ou seja, de 6 dos 9 vereadores. Por isso, o empréstimo foi barrado.
Conforme os vereadores da oposição, trata-se de um valor muito alto para um município que dispõe de poucos recursos. A prefeitura teria 2 anos de carência e 8 anos para pagamento. Os vereadores disseram que município ficaria endividado para as próximas gestões.
“Além disso, comprometeria o ICMS, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que já é muito pouco, podendo comprometer até a folha de pagamento dos servidores públicos. Existem outras maneiras de obter recursos sem comprometer a saúde financeira do município, como por exemplo, com emendas parlamentares de deputados estaduais, federais e de senadores”, disse o verador José de Sousa, conhecido como Nenzinho.
MAIS SOBRE COUTO MAGALHÃES
- Novo surto de Covid preocupa cidade do Tocantins: 6 dos 9 vereadores estão infectados
- Ponte ameaça desabar em rota do ônibus escolar e desvio aumenta viagem em quase 3h
- Prefeitura de Couto Magalhães e Saúde de Campos Lindos têm contas rejeitadas no TCE/TO
Fonte: AF Noticias