Palmas 33 anos: top 10 elege atividades que são a cara dos palmenses
As cachoeiras e praias de água doce trazem refresco para quem vive na capital mais quente do país. Os parques e praças são cenário incrível para fotos e favorecem a prática de atividades físicas. E o que dizer do pôr do sol considerado o mais bonito do Brasil? Palmas faz 33 anos nesta sexta-feira (20) e já dá para perceber que há muitos motivos para amar a capital mais nova do país.
O g1 celebra essa data listando os 10 atividades que são a cara da nossa cidade.
1 – Apreciar o pôr do sol
Por do sol alaranjado deixa o céu de Palmas ainda mais bonito — Foto: Rafael Felipe/Divulgação
Quem vem visitar Palmas diz que o por do sol é o mais bonito do Brasil. Em dias mais quentes, o nosso solzão é um espetáculo. A impressão é de que ele é maior do que em outros lugares. A proximidade com a linha do Equador faz com a cidade receba mais luz.
Ao se despedir, o maior astro do sistema solar deixa o céu alaranjado e com um amarelo vivo. As cores refletem no lago e favorecem fotos encantadores na sacada do prédio e, principalmente na praia da Graciosa.
No ano passado, a apresentadora da Globo, Fátima Bernardes, e o namorado, o deputado federal Túlio Gadêlha, passaram por Palmas quando estavam a caminho do Jalapão.
“Impossível parar de fotografar com esse pôr do sol. Nossa estreia nas praias do rio Tocantins. Amamos”, disse ela ao fazer uma postagem nas redes sociais.
2 – Passear no Parque Cesamar e se encantar com as capivaras
Prédio tem vista para o Parque Cesamar — Foto: Elmo Engenharia/Divulgação
Criado em 1998, o parque Cesamar é um dos pontos turísticos de Palmas. Ao longo dos anos, passou por mudanças e se tornou um espaço para a prática de esportes e de lazer. No local, há pista de skate e também a de caminhada.
Os moradores também vão ao local para fazer academia ao ar livre ou um piquenique na grama, tomar água de coco ou simplesmente para aproveitar uma tarde com a família.
Capivaras chamam atenção de frequentadores do Parque Cesamar, em Palmas — Foto: Divulgação/Edu Fortes/Prefeitura de Palmas
Ainda no parque fica a Casa Suçuapara, que foi sede da primeira Prefeitura e Câmara Municipal de Palmas. Hoje, no local, funciona um museu – a Casa da Cultura – que abriga o acervo histórico de Palmas como fotografias, documentos e mapas que retratam vários momentos históricos da capital.
Mas, tem umas moradoras que chamam ainda mais atenção dos frequentadores. São as capivaras, que tomaram conta do espaço. Caminhando pelo local, é possível ver os animais, considerados os maiores roedores do mundo. Eles caminham pela pista, deitam no gramado e aproveitam as águas do lago para se refrescar.
3 – Passar o fim de semana nas praias e ilhas
A Praia da Graciosa é o cantinho preferido de muitos palmenses — Foto: Liberatto Cunha/VC no G1
Na capital mais quente do Brasil, onde a temperatura passa dos 40ºC na época de estiagem, as praias e ilhas são uma espécie de alívio. Moradores podem escolher onde ir: praia da Graciosa, a praia do Prata, a praia do Caju, a praia das Arnos, sem contar com as ilhas que ficam do outro lado do lago. Nesse caso, é só pegar uma voadeira para fazer a travessia.
Nas praias de água doce, banhistas aproveitam principalmente o fim de semana com amigos e a família. Os locais têm restaurantes que oferecem pratos típicos, como tucunaré frito, assado ou ao molho.
Standup paddle na Praia da Graciosa — Foto: Pedro Miguel Negrier/Arquivo Pessoal
A praia da Graciosa também favorece a prática de esportes, como o standup paddle e o voo de parasail – com uma moto aquática puxando um paraquedas. A decolagem é realizada de forma lenta e gradual, levando o passageiro de 50 a 80 metros de altura e promovendo uma vista incrível da cidade.
Mas há quem prefira um dia calmo de pescaria. O lago da capital abriga muitas espécies de peixes, como o tucunaré, caranha, corvina, bicuda, pirarucu e piranha. Mas até jacarés e onças já foram flagrados no rio.
“Nosso lago é completo, nós temos as nossas ilhas, onde podemos almoçar com a família, tomar banho nas praias, andar de caiaque, de flutuante, nos barcos. Eu gosto também da pesca esportiva, da pesca do tucunaré, o lago tem muita diversidade de peixes. E ainda podemos recarregar a bateria com tanta paisagem bonita, o por do sol no lago é um espetáculo particular”, ressaltou o pastor Carlos Eduardo Veloso.
Pastor Carlos Eduardo gosta de pescar tucunaré no lago de Palmas — Foto: Arquivo Pessoal/Carlos Eduardo
4 – Caminhar na praça dos Girassóis
O sol ainda nem nasceu e já tem gente caminhando pela praça dos Girassóis. Mas muitos também aproveitam a pista no fim de tarde. Mas, a verdade é que todo dia a praça fica lotada de pessoas que buscam uma vida mais saudável.
A praça é a maior da América Latina e uma das maiores do mundo. Durante caminhada, dá para apreciar árvores nativas, monumentos e prédios públicos. Isso porque a praça foi projetada para abrigar o centro das decisões dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Tocantins.
Praça dos Girassóis abriga monumentos, história e projetos arquitetônicos em Palmas — Foto: João Di Pietro/Governo do Tocantins
No dia 20 de maio de 1989 foi lançada a pedra fundamental de Palmas. Até hoje, o local preserva a placa de lançamento e a cruz em pau-brasil, esculpida pelo artesão Arnildo Antunes, foi o primeiro monumento histórico erguido em Palmas, tendo sido tombado no ano 2000 como Patrimônio Cultural da cidade.
Na praça, é também possível ver o Monumento à Bíblia, que fica bem ao centro da imagem da Rosa dos Ventos, desenhada no chão em pedras portuguesas. Tem ainda a Fonte Luminosa, os quiosques e parquinho para um programa em família.
Monumento Súplica dos Pioneiros é um dos atrativos da praça dos Girassóis — Foto: Lia Mara/Governo do Tocantins
Ainda na Praça, é possível conhecer o Dezoito do Forte de Copacabana, que relembra a revolta de 1922 contra a República Velha no Rio de Janeiro, e que teve como líder o tenente Siqueira Campos. Próximo a estas esculturas de bronze, está o Memorial Coluna Prestes, obra do arquiteto Oscar Niemeyer e que lembra a passagem da Coluna Prestes pelo Tocantins entre 1920 e 1930.
O monumento Súplica dos Pioneiros é outro atrativo que faz parte da história de Palmas. O conjunto de esculturas de bronze forma uma família e homenageia os primeiros moradores que chegaram à capital e ajudaram na construção da cidade.
5 – Comprar nas feiras
Feiras de Palmas atraem moradores em busca de alimentos fresquinhos — Foto: Lia Mara/Prefeitura de Palmas
Quer comprar hortaliças fresquinhas, verduras e frutas? Basta ir em uma das feiras da capital. Tem a Feira da 304 Sul, Feira da Arno 61, Feira da Arno 33, Feira do Jardim Aureny I , Feira do Bosque e Feira da 1.106 Sul.
Alguns moradores batem ponto durante os dias da semana em uma dessas feiras. É possível encontrar queijos, ovos caipiras, peixes frescos, camarões, pamonhas, pastéis, tapiocas, pães caseiros, farinha, água de coco e até artesanato.
Legumes e verduras podem ser encontrados nas feiras de Palmas — Foto: Regiane Rocha/Prefeitura de Palmas
Além de ser um atrativo para o consumidor, é o momento que o feirante tem para vender o seu peixe e garantir a renda da semana.
“Sou cliente cativo, todo domingo a gente está aqui comprando aqui. Compro mastruz também para fazer garrafada”, disse o pedreiro Carlos Roberto.
7 – Observar as belezas das araras
As araras-canindé são um espetáculo à parte. A ave, que chama a atenção pelas cores vibrantes e canto estridente, pode ser vista em muitos cantos da capital. Esse é um dos privilégios de quem vive aqui.
No centro de Palmas, em meio ao vai e vem dos carros, as araras sobrevoam a capital. Algumas delas constroem ninhos no topo das palmeiras, nas avenidas da cidade. Um flagrante registrado pela TV Anhanguera no ano passado mostrou um casal na maior tranquilidade e trocando carícias, enquanto as pessoas transitam pelas avenidas.
Casal de arara-canindé é flagrado trocando carícias no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Aqui tem até arara atleta. Dá para acreditar? Um flagrante feito recentemente também mostrou uma delas acompanhando ciclistas durante um pedal. A ave fica tão À vontade que pega carona no guidão, no capacete e no ombro dos ciclistas.
Encontrar animais silvestres na zona urbana é comum na cidade. A capital conserva muitas árvores nativas do cerrado, o que acaba atraindo vários animais e fazendo com que eles permaneçam perto da comunidade.
Arara pega carona com ciclistas em trilha de Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
8 – Se refrescar nas cachoeiras de Taquaruçu
Cachoeira no distrito de Taquaruçu — Foto: Divulgação/Prefetura de Palmas
“Eu tenho um enorme carinho por Taquaruçu, as pessoas de lá, as comidas, o clima agradável, a natureza por todo o seu redor”. A fala é do gerente administrativo João Pedro Fernandes Ribeiro, que é apaixonado pelo distrito de Palmas. Com mais 80 cachoeiras catalogadas, o lugar também é um refúgio para o palmense que gosta de curtir a natureza.
Taquaruçu recebe muitas pessoas o ano inteiro. O lugar foi incluído na rota do passeio de turistas para o Jalapão. Além disso, recebe milhares de moradores no Festival Gastronômico, realizado tradicionalmente em setembro, quando são vendidas comidas com ingredientes típicos da região.
João Pedro gosta de curtir as cachoeiras do distrito de Taquaruçu — Foto: Arquivo Pessoal/João Pedro Fernandes
Dentre tantas cachoeiras, João Pedro indica duas: a Três Quedas e a do Evilson.
“Eu gosto muito de ir nas cachoeiras, não só para aliviar o calor, mas também por toda a tranquilidade, por sair da rotina e também para renovar as energias e te preparar para a semana seguintes. Talvez esse seja um dos principais motivos pelo qual eu gosto tanto de lá”.
9 – Observar as corujinhas nas rotatórias
Casinha construída para corujas tem cercas, poleiro, chaminé e até caixa d’ água — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
De penas marrom, com olhos verdes esbugalhados, elas ficam em cima do telhado ou dentro das casinhas observando o trânsito de Palmas. São as corujas, que já se tornaram símbolo da nossa cidade. Aqui elas são protegidas e ganharam até abrigos.
As casinhas construídas nas rotatórias e nas entradas das quadras são de vários modelos, de vidro, madeira, com chaminé e até caixinha d’água. As estruturas são construídas em cima dos buracos onde elas vivem. O objetivo é proteger os ninhos das corujas-buraqueiras, usados como abrigo contra os predadores, para armazenar alimentos e guardar os ovos.
Casas são construídas em cima de ninhos de corujas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
As estruturas também ajudam a proteger do sol. Tudo para agradar as moradores antigas da cidade. As corujas, símbolos da sabedoria, têm um papel muito importante no controle de certas pragas, se alimentam de insetos, répteis e roedores.
Quer uma dica para a construção de casinhas? “O diferencial nas casinhas seria construir um poleiro um pouco mais elevado do que o teto da casinha, um pau onde ela possa agarrar porque ela é uma ave que se agarra aos galhos. Isso serve para ela proteger o ambiente no seu entorno, porque ela terá uma visão ampla. Ao invés de ficar embaixo da casinha, escondida, ela vai ficar num ponto mais elevado”, explicou o biólogo Renato Pinheiro.
10 – Curtir o Arraiá da Capital
Arraiá da Capital é tradição em Palmas — Foto: Luciana Pires/Prefeitura de Palmas
Essa terra tem palmeiras onde cantam as araras, tem praias, praças, capivaras e corujas. Mas tem festa, dança e tradições culturais também. O Arraiá da Capital faz parte do calendário de ventos da cidade. Todo mês de junho, reúne grupos juninos que cantam e dançam com roupas coloridas, enredo criativo e temas atuais.
Raysuanni Paiva, de 31 anos, mora em Palmas desde 1992 e há 17 anos dança quadrilha. Ela é integrante da junina Coronéis da Sucupira. É apaixonada pela cultura e pelo São João. Ela afirma que neste ano o evento terá um gosto especial. Isso porque nos dois anos anteriores, a tradição foi modificada e transmitida pela internet por causa da pandemia.
“Eu amo o Arraiá da Capital, o evento já é a cara de Palmas. As quadrilhas juninas estão muito evoluídas, apresentações sensacionais, emocionantes. O arraiá presencial é bastante esperado porque tem o contato das pessoas, tem o calor humano, tem forró, tem alegria, tem as cores do São João”, ressaltou.
Raysuanni Paiva é apaixonada pelo Arraiá da Capital — Foto: Arquivo Pessoal