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Palmas faz alerta após registrar doença mão-pé-boca em 130 crianças em menos de um mês

Em menos de um mês, Palmas registrou 130 crianças com a doença conhecida como mão-pé-boca. Um alerta foi emitido aos pais após a secretaria de saúde identificar um grande número de procura por atendimento nas Unidades de Saúde.

A patologia é caracterizada por febre, lesões na boca e bolhas na pele. Segundo especialistas da área de saúde, os sintomas iniciais da doença são: febre, falta de apetite, mal-estar e com frequência dor de garganta.

A administradora de empresas Rosyelle Pessoa é mãe da Mariana, de 7 anos, e do Gustavo, com quase 2 anos. Há 20 dias, o caçula foi diagnosticado com a doença. “De repente apareceram [bolhas] nas mãozinhas, céu da boca, os lábios, a parte interior, nos pés, entre as coxinhas. Acredito que isso incomoda bastante”.

Há dois dias, Rosyelle soube que o sobrinho também foi diagnosticado com a síndrome. “Meu sobrinho está no segundo dia do vírus. Lá em Tocantinópolis.

O médico pediatra José Maria Sinimbu explica que a doença é altamente contagiosa e que em alguns casos pode levar a internação.

“Ela tem um tempo de duração de mais ou menos sete dias, só que ela é uma doença que pela sintomatologia causa lesões na cavidade oral que faz com que a criança tenha aumento de salivação, tenha dificuldades para se alimentar, recuse alimentos. Muitas vezes, vomita, isso faz com que ela tenha desidratação e às vezes se dá a internação dessas crianças”.

Número de casos da síndrome mão-pé-boca cresce no Tocantins — Foto: Reprodução

Número de casos da síndrome mão-pé-boca cresce no Tocantins — Foto: Reprodução

A doença

 

É uma infecção enteroviral (vírus presente no intestino) contagiosa, causada pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, que habitam normalmente o nosso sistema digestivo. Esse tipo de vírus também pode causar as estomatites (aftas que aparecem na mucosa oral).

A transmissão ocorre através da via oral, ou seja, pelo contato entre as pessoas, com a saliva, através de gotículas presentes no espirro e tosse, contato com fezes ou outras secreções (inclusive o líquido das bolhas) contaminadas, ou indiretamente por alimentos ou objetos contaminados.

A maioria dos casos acontece no verão, porém alguns casos podem ocorrer em períodos frios, pois o vírus Coxsackie possui grande capacidade de mutação e é capaz de se adaptar a diferentes situações. Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

A Secretaria Municipal de Saúde alertou que ainda não existe vacina para este tipo de doença, por isso medidas de prevenção, principalmente de higiene pessoal, higiene no manuseio e preparo de alimentos e com objetos de uso comum entre as crianças são indispensáveis no controle da doença.

Fonte: G1 Tocantins