Para Simam, profissão de marceneiro evoluiu, assim como as novas tecnologias do setor
O marceneiro, uma das profissões mais antigas e emblemáticas da humanidade, será festejado com programação rica e variada nas três principais cidades do Tocantins. As ações são encabeçadas pelo Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário – Simam, que espera reunir cerca de 580 profissionais nas palestras, shows e atividades esportivas programadas para Gurupi, dia 17, sexta-feira; Palmas, dia 18, sábado, e Araguaína, dia 19, domingo. O evento é aberto e, além dos trabalhadores, espera-se também que os familiares estejam presentes.
A programação nas três cidades terá música ao vivo, show de standup, atividades esportivas, mesa de frutas e três palestras em cada localidade. Os temas têm foco na parte de segurança do trabalho, na residência e legislação ambiental (Regularização Ambiental). “Queremos o máximo de pessoas no local, sobretudo o marceneiro. Entendemos que, quanto mais bem informado ele estiver, melhor será o resultado final das ações na empresa. Todos ganham com o comprometimento”, disse Geová Mendonça, presidente do Simam, que pela segunda vez celebra o Dia do Marceneiro – Dia 19 de Março.
Evolução
No Tocantins, a categoria reúne cerca de 320 empresas, 170 delas em Palmas. E cada uma gera em torno de 12 empregos diretos. Geová destaca que o setor tem estado em constante evolução, sobretudo na parte das tecnologias, apresentando máquinas, equipamentos e softwares que exigem que, cada vez mais, os profissionais estejam conectados aos estudos e às pesquisas para não se perderem no tempo e nem perderem suas vagas de trabalho.
“Até o profissional que aprendeu há muitos anos, obrigatoriamente, teve que se atualizar e acompanhar essa evolução para poder trabalhar com máquinas mais modernas, com processo de produção computadorizada. O sistema de informação de dez anos atrás, já mudou. A evolução foi considerável nos últimos anos”, afirmou o presidente.
Geová relata que o marceneiro que ainda usa lápis e papel para atender o cliente, fazendo os desenhos como rascunhos, estão correndo risco de extinção. Ele argumenta que os sistemas informatizados são realidade no setor, gerando, inclusive, uma formação paralela e muito importante junto à categoria, especializado-se como projetos ou designer de móveis planejados. “Hoje, o software elabora o projeto de forma rápida, eficiente e precisa. O cliente visualiza o produto em curto espaço de tempo, na tela do computador, em imagem 3D. O leque de oportunidades para o profissional do segmento aumentou. O jovem que vai fazer o cursinho já vislumbrar o que lhe atrai, se é projetar o mobiliário, cuidar das vendas, do atendimento ou se é no chão de fábrica mesmo, produzindo e usando máquinas e ferramentas específicas”, pontuou o presidente do Simam.
Hoje o setor é contemplado com os mais variados tipos de máquinas, desde aquelas de pequeno porte, às grandes, com mais tecnologias e mais completas. Contudo, quem quer ter uma pequena empresa, pode tê-la sim, mesmo utilizando-se de equipamentos de menor porte e com funções manuais. “O equipamento faz toda diferença na execução dos projetos, mas não são determinantes para quem quer trabalhar. Com o avanço do setor, há as empresas especializadas nos cortes, como os centros de usinagens, que executam boa parte dos projetos que as pequenas empresas não têm como fazer. Mas isso não quer dizer serviço perdido ou lucros menores”, explica Geová Mendonça, que é profissional do setor desde os 14 anos de idade.
Nas comemorações do Dia do Marceneiro, as palestras programadas pelo Sindicato da Madeira e do Mobiliário também têm esse foco, informar e valorizar a categoria. “Há muito o que se comemorar e a motivação para que todos estejam na programação é muito grande. Há muito para se aprender”, afirmou Geová.
Histórico
O SIMAM foi fundado em 1992, em Araguaína. A mudança para Palmas só ocorreu em 2014, com a criação de uma Central de Negócios. E hoje o Sindicato conta com cerca de 50 empresas filiadas e segue em ritmo crescente, com empresários vislumbrando as vantagens de estarem conectados à entidade. Contudo, em atividade em todo o estado, calcula-se que sejam em torno de 320 unidades, gerando média de 12 empregos cada. “Em Palmas e região central do estado temos mais de 60% das indústrias instaladas, e isso chega por volta de 190 empresas”, destacou Geová. Nas regiões Sul e Norte, representadas pelas cidades de Gurupi e Araguaína, estão outros 22%, representando entre 52 e 78 unidades, respectivamente.
Por Luís Henrique Machado – Assessoria do evento (63) 8418 3833/9940 5004