Parentes de pessoas que moram em Paris dizem estar com medo no TO

O mundo está acompanhando o drama vivido por aqueles que estão em Paris, na França, após os ataques realizados na cidade, na noite desta sexta-feira (13). Mais de 120 morreram. No Tocantins, parentes de pessoas que vivem na capital francesa e franceses que moram no estado, dizem estar com medo, após atentados.

Desde que soube dos ataques em Paris, a jornalista Edvania Peregrini está a todo momento em busca de novas informações. O desespero foi ainda maior quando ela tentou falar com a irmã, que mora na cidade, e não conseguiu.

“A notícia chegou pela televisão e todo mundo se assustou. A gente correu para o grupo da família, no whatsapp, e fomos conversar, para tentar falar com a Eliete. Ela não respondia porque lá já era tarde, por volta das 22h. Aí entramos em contato com uma amiga dela, que também mora lá e ela nos tranquilizou, dizendo que tinha falado com a Eliete, um pouco mais cedo. A amiga entrou em contato com ela e a Eliete nos retornou, nos tranquilizando.”

Em busca de segurança Edvânia conta que a irmã viajou com familiares e amigos. “O ideal para eles agora é sair de Paris, que é onde está o foco e as principais tensões. Então saber que eles iam viajar e que voltariam no fim de semana, nos tranquilizou.”

O consulado brasileiro não soube informar quantos tocantinenses moram na França, mas a estimativa é de que pelo menos 70 mil brasileiros vivam no país. Em busca de notícias, as famílias usam a rede social para fazer contato com quem está em Paris.

A missionária Marie Bonneval é francesa e há dez anos está no Brasil. A família dela vive no sul da França, mas uma sobrinha mora em Paris. O local é bem perto de onde tudo aconteceu. Além disso, a missionária diz ter muitos amigos na capital francesa.

“Não sabemos o que pode acontecer numa guerra e é difícil saber que todo mundo pode morrer atacado. É grave ver que ultrapassa Paris e mesmo a França, é um problema grave para o mundo.”

Tocantinenses
Neste sábado (14), duas jovens do Tocantins que moram na França falaram sobre clima de tensão no local. Sthefanny Paulinny Frederico, é de Araguaína, no norte do estado, mas vive desde 2013 com mãe, na capital francesa. Ela mora em Eaubonne, a cerca de 30 minutos da casa de shows Bataclan, onde aconteceram os ataques. A jovem disse estar apreensiva. “A gente nunca sabe o que nos espera amanhã”.

Reijane Moraes, que é de Gurupi, sul do Tocantins, mas vive na França há alguns anos também relatou os momentos de tensão sentidos no país. Ela mora em Bezons, a dez minutos de Paris. “O clima está muito tenso, clima de luto, triste. O que aconteceu foi realmente muito sério. Que vocês possam orar por nós, que Deus continue nos livrando de todo mal e que tudo dê certo.”

(G1)