Pela autovalorização, perfil no Instagram convida mulheres a exibir e falar sobre suas estrias
“Mulher real, corpos reais, amor próprio real. Celebre as suas estrias!” É assim que duas mães da Costa Oeste dos Estados Unidos e que preferem não se identificar convidam mulheres a mandarem fotos de suas marcas para alimentar o perfil @LoveYourLines, no Instagram.
A novidade foi resultado de uma conversa sobre como o corpo de cada uma havia mudado depois da gravidez. Surpreendentemente, em apenas 24 horas, elas receberam 70 imagens e depoimentos de mulheres contando sobre a relação que tinham com suas próprias estrias.
“Sou uma mulher de 24 anos. Ainda não tive filho, mas ganhei 9 kg em um ano por conta de estresse emocional. Já voltei ao meu corpo anterior, mas o ganho de peso deixou algumas estrias. Obrigada por me encorajar a compartilhar uma parte do meu corpo que lentamente tenho aprendido a amar dia após dia”, diz um dos depoimentos.
“Imperfeições nos fazem perfeitas. Fácil de dizer, difícil de aceitar plenamente… Porém, uma verdade”, consta em outro.
“Eu (ainda) não tive filho, mas meu corpo tem mudado e estirado, deixando uma série de estrias em várias partes. Elas servem como um lembrete dos anos que minhas pernas têm me transportado conforme sigo a minha trajetória e das diversas vezes que eu tentei mudar para me encaixar ao molde que eu achava que a sociedade queria que eu parecesse…. Cintura menor… Pernas menores… Tudo menor… Ao invés de pernas grandes… Bunda grande… E assim por diante”, diz uma outra retratada.
Fato é que a grande maioria das mulheres, em algum momento da vida, irá se deparar com essas marcas naturais, resultado da gravidez, mudança de peso e alterações hormonais. Assim como muitos homens! Por isso, as criadoras do perfil seguem incentivando-as a se exporem com sua beleza real, muitas vezes descrita como uma série de defeitos.
Com a campanha, uma delas revelou em entrevista ao site The Huffington Post ter achado interessante o aparecimento de estrias nos mais diversos tipos de corpo. “Eu, por exemplo, as tenho em minhas coxas desde a adolescência”, disse agora, aos 31 anos. “Apesar de eu ter me tornado mãe (o que me fez ter ainda mais), tenho convivido com as minhas marcas há tempos. E eu sou magra. Se você me vir vestida, jamais irá imaginar que tenho problemas com a minha imagem corporal.”
A ideia é que fazer todas celebrarem seus corpos, independente da idade, peso ou estágio da vida.