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Pesquisa da FIETO revela maiores gargalos da indústria no momento

Apesar dos problemas causados pela pandemia, como a escassez e aumento do preço da matéria-prima e da energia elétrica, entre outros, empresário mantém otimismo e confiança para os próximos seis meses 

Dados da Sondagem Industrial, levantamento realizado periodicamente pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), revelam que no 2º trimestre de 2021 os indicadores de Satisfação com a Margem de Lucro Operacional e Situação Financeira alcançaram 54 e 56 pontos, respectivamente. Esses resultados, acima da linha divisória dos 50 pontos, indicam que os empresários tocantinenses mostraram satisfação com o cenário financeiro de seus negócios no período.

O estudo mostra que o indicador de Evolução da Produção ficou em 56 pontos, 10 pontos acima do resultado alcançado no mês de março. Já o índice Evolução do Número de Empregados passou de 52 pontos para 56, de março para junho deste ano.

Os dois indicadores ultrapassaram a linha divisória dos 50 pontos, confirmando o crescimento da produção e mão de obra empregada no segmento no mês de junho. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69% em junho, ou seja, a capacidade máxima de produção da indústria tocantinense operou com 69%.

O indicador de Evolução de Estoques registrou 50 pontos em junho, ficando estável no período em análise. Já o índice de Estoque Efetivo Planejado atingiu 47 pontos, o que significa que os estoques ficaram abaixo do planejado para o mês de junho.

Dentre os principais gargalos ao desenvolvimento do setor industrial tocantinense a falta e o alto custo da matéria-prima aparecem em primeiro lugar, com 53,62% das respostas, seguido da falta e alto custo da energia elétrica, que passou do 4º para o 2º lugar, representando 31,88% dos entrevistados.  Em terceiro ficou a elevada carga tributária com 27,54% das assinalações.

“Os números da pesquisa mostram que a indústria no Tocantins já está reagindo à crise causada pela pandemia, retomando o crescimento da produção e gerando mais empregos. O problema ainda é com a matéria-prima, que ficou escassa e mais valorizada no mercado. A estiagem também fez o valor da energia elétrica subir e impactou nos custos de produção da indústria. São desafios que teremos que superar com cautela para mantermos a produção em alta”, observa o presidente da FIETO, Roberto Pires.

A Sondagem Industrial revela ainda que não está nada fácil conseguir empréstimo no Tocantins. O indicador de Acesso ao Crédito atingiu 47 pontos no 2 º trimestre, o maior valor de toda série histórica. Apesar disso, segue abaixo dos 50 pontos. Aponta ainda que os empresários tocantinenses seguem otimistas em relação a demanda, compra de matéria-prima e número de empregados para os próximos seis meses, bem como em relação a demanda por seus produtos no mercado externo.

ICEI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) referente ao mês de julho atingiu 64,6 pontos, ficando praticamente estável em comparação com junho ao apresentar uma pequena variação de 0,4 ponto. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o índice teve aumento de 8,8 pontos. Resultado acima dos 50 pontos indica que os empresários seguem confiantes para os próximos seis meses.

No que se refere aos indicadores que formam o ICEI, o de Condições Atuais passou de 58,3 pontos para 56,5 de junho para julho deste ano. E o de Expectativas, que em junho atingiu 68,4 pontos, em julho passou para 68,6. Valores acima dos 50 pontos revelam que na avaliação dos empresários consultados houve uma melhoria nas condições atuais da economia brasileira e de seus negócios em comparação com os últimos seis meses, e que as expectativas são otimistas. No relatório nacional o ICEI atingiu 62 pontos, ficando 2,6 pontos abaixo do resultado alcançado pelo Tocantins no período em análise.

Por Júnior Veras

Foto: Adilvan Nogueira

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